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Wonder Woman 1984 de Patty Jenkins e Como Chegou o Momento Certo!

(sem spoilers)

Este post tem várias camadas de emoção. A última deixo-a para o final. A primeira é que falar sobre a minha personagem favorita da BD e da ficção é uma tarefa ao mesmo tempo fácil e difícil - e os que sempre me honraram em ser meus leitores sabem-no muito bem. Fácil porque as palavras não têm dificuldade em sair-me dos dedos. Difícil porque a objetividade sai pela janela fora. Tudo o que escrever neste post deve ser lido com os olhos de quem tem gostos maiores que a razão. É por isso que vou já vos poupar e dizer logo à cabeça que adorei o novo filme da Diana, Princesa de Themyscira, a Mulher-Maravilha, realizado e escrito por Patty Jenkins e protagonizado por Gal Gadot. Por isso, isto não é de modo algum uma análise cuidada e cinematográfica do filme, mas uma crónica de amor e de agradecimento.

Birds of Prey (e a Fantabulástica Emancipação De Uma Harley Quinn) de Cathy Yan


Após o relativo falhanço de crítica e de bilheteira que foi o Esquadrão Suicida,  a Warner e a DC inverteram caminho e focaram-se na personagem revelação desse mesmo filme: a Harley Quinn, namorada do Joker, interpretada pela actriz australiana Margot Robbie. Co-produzido pela própria Robbie, a narrativa não só é uma plataforma para a actriz e para a personagem que interpreta (principalmente), como reúne um conjunto de personagens femininas da mitologia DC: a Canário Negro; a Caçadora;  a Renée Montoya; e Cassandra Cain. Todas unidas para enfrentar dois vilões do panteão de adversários do Homem-Morcego, Black Mask, interpretado por Ewan McGregor,  e Victor Zsasz. Com uma boa realização e um bom argumento, aliados ao carisma da actriz principal e da personagem, este filme tinha tudo para dar certo. O filme não falha totalmente, mas fica a sensação de missão não cumprida.

Neste últimos dias do ano é tradição publicar-se o que cada achou ser melhor desse mesmo ano. Aqui o Acho que Acho não gosta de destoar, nem que seja porque adoramos achar (que achar) e dizer cenas sobre filmes, BD e música.

Este ano estivemos fracos no número de filmes que vimos (prometemos para o ano ser-mos mais assíduos), por isso desculpem se falta qualquer coisa que acham ser melhor. 

Como não queremos maçar-vos muito, seguem neste único post os três pódios com que vos costumamos abrilhantar do alto do nosso extraordinário, fabuloso e altamente científico discernimento. Sim, não julguem que isto foi ao acaso. Recorremos à física quântica e a um gato de Schrondiger para ajudar na escolha do que está a seguir. 

Naqueles que, à altura, nos demos ao trabalho de escrever sobre, é só clicar na imagem (não há muitos, infelizmente, porque andamos preguiçosos).

#ReleaseTheSnyderCut


Assumo-o. Sou dos que adoraram o Man of Steel e o Batman v Superman do Zack Snyder. Não acreditam? Leiam aqui, aqui e aqui. O BvS foi, se dúvidas restam quanto ao meu gosto, o meu filme favorito de 2016. Porquê este post então? Tudo tem a ver com o filme Justice League do mesmo realizador e do mítico Snyder Cut, do qual se debate a sua existência ou não, e, se existente, o nível de completo em que se encontra. 

Dr. Sleep (Dr. Sono) de Mike Flanagan

Produzido pela Warner Bros. e realizado por Mike Flanagan, Dr. Sono é a sequela do lendário filme de Stanley Kubrick, The Shining. Como muitos, desconfiei desta premissa. The Shining é mais do que apenas Cinema, o que é um lugar reservado a apenas algumas obras da sétima arte. O filme de 1980, na forma como vejo estas coisasé uma peça de arte tão relevante quanto a Mona Lisa de DaVinci ou o D. Quixote de La Mancha de Cervantes. Apesar deste ser a adaptação do romance homónimo de 1977 de Stephen King, o prolífico escritor de, entre muitas outras coisas, terror, Kubrick de tal forma alterou a premissa original que pouco mais ficou que a sua própria visão. É a prova de que um realizador com um ponto de vista  muito próprio consegue transformar um argumento ou uma história em algo que espelha mais a sua forma de ver o mundo do que propriamente a do autor original. Ora, exactamente por isso Stephen King não é fã do The Shining do cinema.

Anos depois, percebo o ponto de vista de King.

O que é que o Joker de Todd Philips e o Parasitas de Bong Joon-ho têm em comum?


Para quem acredita nestas coisas, ler o que vou escrever vai aparentar ser algo a beirar o misticismo. A sugestão da existência de uma mente colectiva etérea que une as emoções e sentimentos de toda a população da Terra. Nada disso. É apenas a minha forma de ler estes dois brilhantes filmes. Dois filmes que renovam a capacidade que a Arte tem de sentir o pulso da sociedade. De, mais do que dar aquilo que nós queremos, a Arte insiste em dar-nos aquilo de que precisamos.

Dolor y Glória (Dor e Glória) de Pedro Almodóvar

Existem, em Portugal, alguns realizadores que são um acontecimento. O grupo é pequeno e, assim de repente, saltam-me à memória nomes como Quentin Tarantino, Woody Allen e Pedro Almodóvar. São daqueles que muitos insistem em acorrer às salas para os ver, em enchê-las e em descobrir as novas delícias que decidiram conjugar. E raramente fazem filmes verdadeiramente maus (alguma vez o fizeram?). Está no seu código genético. Um filme menos conseguido destes está alguns níveis acima do melhor de outros artífices da sétima arte - obviamente que exagero, para efeitos do vosso prazer de leitura e do meu na escrita. Mas, e aqui está um enorme mas, este Dor e Glória é um acontecimento em mérito próprio. É um filme superior, gigantesco e um dos melhores do realizador espanhol desde há algum tempo. 

Once Upon a Time In... Hollywood de Quentin Tarantino

Um filme de Tarantino é um acontecimento. As salas enchem-se para ver o que o realizador tem de novo para dizer. Nos dias que correm, de franquias, dos super-heróis, dos remakes e das sequelas, é um caso raro. Nos últimos anos, parece estarmos sujeitos a uma barragem de publicidade a merchadise e a outros produtos que nada têm a ver com Cinema.  A cada ida às salas, parece estarmos mais longe da obra autoral. Não quero com isso dizer que não podemos ter entretenimento, mas a hegemonia do produto concebido para agradar a adolescentes, a crianças e a investidores é avassaladora. Associe-se o facto da narrativa na TV estar a criar histórias mais plurais e, muitas delas, direccionadas a um público adulto, e criou-se um ambiente de crise criativa na sétima arte. E isso é ainda mais visível em Hollywood, nem que seja pelo número elevado de filmes a que estamos sujeitos vindos dessas geografias.

Avengers Endgame dos Irmãos Russo

Escrever sobre Avengers Endgame é uma dança entre os pingos da chuva. Como é que se fala sobre um filme, que, entre outras coisas, foca-se no enredo e na surpresa, sem estragar o que quer que seja? Não se preocupem que eu vou conseguir dizer o que necessito dizer, sem que, para isso, estrague o prazer que (inevitavelmente) terão ao ir ao cinema. Resumindo... não há spoilers neste artigo.

O que é achei deste filme?

Diamantino de Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt

O cinema português não é muito querido pelos seus conterrâneos. Consideram-no hermético, difícil e intelectual. Raramente gosto de entrar em polémicas neste Blogue, e não vai ser agora que vou começar. Não vou meter-me nos meandros desta discussão, que vale o que vale. No que a mim diz respeito, quando é lançado um filme que me atrai (independentemente da origem geográfica), faço o que posso para o ir ver ao cinema. Assim foi com este Diamantino, um passo divertido, sem perder personalidade, na boa direcção do cinema luso (ou não! Se calhar, já não sou capaz de o avaliar). 

Shazam! de David F. Sandberg

Os filmes da DC atravessaram um período conturbado. A interpretação de Zack Snyder do Super-Homem e do confronto entre este e o Batman, seguido da mescla de visões deste mesmo realizador e da de Joss Whedon na Liga da Justiça, trouxeram dissabores devido a uma recepção pouco consensual por parte do público e da crítica. Este que vos escreve gosta do Man of Steel e do Batman v Superman, e tem sentimentos mistos em relação à Liga, similares às visões divergentes que regeram o filme. Antes da Liga ainda houve a Mulher-Maravilha de Patty Jenkins e depois tivemos o Aquaman de James Wan. Estes dois tiveram recepções calorosas, que se reflectiram em sucessos de bilheteira. O último, principalmente, significava uma aproximação completamente diferente ao universo dos supers deste editora, mais solarengo e sem vergonha de assumir-se como entretenimento puro. Em suma, descartava a visão mais negra e discutivelmente madura de Snyder, e apostava na luz e no humor mais aproximados à concorrente, a Marvel

E Shazam!? O que é?

Hereditary de Ari Aster

Foi com muito desagrado que descobri que deixei escapar a oportunidade de ver este filme nas salas de cinema. Caso contrário, certamente estaria na minha lista dos melhores que vi em 2018.  A primeira longa-metragem de Ari Aster é uma obra complexa e misteriosa, arrepiante até ao tutano, oscilando entre o desconcertante drama familiar e o filme de terror ao bom estilo de Rosemary's Baby de Roman Polanski. Um filme imperdoável perder (eu estou dificuldades em fazê-lo em relação a mim).

Captain Marvel (Capitão Marvel) de Anna Boden e Ryan Fleck

Desde 2008 que a Marvel tem tomado conta do cinema de entretenimento. Filme após filme, tem crescido em ambição e na construção de um universo único e coeso, que aproveita um dos elementos mais viciantes dos super-heróis, a partilha de um mesmo mundo. Agora que se aproxima o fim de um primeiro grande ciclo, com o filme Avengers Endgame, a produtora tem procurado por soluções para continuar a explorar estas personagens. Em breve, provavelmente, veremos o fim de Chris Evans como Capitão América e de Robert Downey JR como o Homem de Ferro, e há que encontrar substitutos. Para o primeiro, a Marvel escolheu explorar a Capitão Marvel, uma super-heroína na matriz de um Super-Homem. Infelizmente, o filme fica aquém do legado que quer continuar.

Battle Angel Alita de Robert Rodriguez

Battle Angel Alita, Gunnm no original japonês, é um dos meus mangás favoritos. O primeiro contacto com estes livros aconteceu há duas décadas e meia, em volumes publicados pela editora francesa Glénat. Recentemente, em modo de preparação para este filme, reli o primeiro grande arco de história da epopeia de Alita. A qualidade permaneceu inalterada e provou-me que Yukito Kishiro, o autor, tinha em mãos uma obra intemporal (leiam aqui o que achei desta releitura). 

E o que dizer do filme?

Green Book de Peter Farrely

Já com certeza repararam que os lançamentos de filmes vindos de Hollywood obedecem a um cuidado escalonamento. Entre Dezembro e Março, vão aparecendo, a conta-gotas, aqueles que têm maior possibilidade de serem candidatos a Óscar. Biopics. Histórias de luta contra diferentes adversidades, sejam elas racismo, homofobia, misoginia. Grandes dramas históricos. Depois desses, voltamos à silly season do espectáculo pirotécnico de super-heróis, ficção científica e outros mundos de fantasia. Mas, até esse momento, somos presenteados, à hora marcada e ciclicamente, por aquele Cinema que Hollywood considera mais "sério", mais "humano", mais "realista". Porque... convenhamos... são esses os únicos que merecem ser premiados (existem excepções, claro, mas que servem para confirmar a regra). Independentemente da qualidade deste Green Book, ele faz parte desta última categoria.

The Favourite (A Favorita) de Yorgos Lanthimos

A ascensão do realizador grego Yorgos Lanthimos tem sido nada menos que meteórica. Começou com filmes trabalhados na sua terra natal, Dogtooth e Alps, para logo ser reconhecido no além-fronteiras e lançar outros dois, The Lobster e The Killing of a Sacred Deer, que o fixaram como um dos realizadores a acompanhar. Nestes dois últimos já figuravam alguns actores conhecidos internacionalmente, com Colin Farrel a bisar, acompanhado de Rachel Weisz no primeiro e de Nicole Kidman no segundo. Ambas estas obras eram esforços surrealistas, que não se enquadravam no cinema mainstream, antes devendo méritos à inspiração de lendas como Buñuel e até a um David Lynch mais contido.

Bohemian Rhapsody de Bryan Singer

Os críticos têm dificuldade em incluir as emoções na sua análise? Será que, para rever um filme, terão de se cingir à razão objetiva?  E os espectadores? Esses têm apenas que se sentir emocionados, de gostar ou não? Será que uma forma de ver é "melhor" que a outra? Mais esclarecida? Mais verdadeira? Bohemian Rhapsody dá uma das respostas a estas questões. Freddie Mercury, os Queen, Bryan Singer, Rami Malek, e restante equipa ajudam.

Os nossos filmes favoritos de 2018 - Pódio Ouro



Chegou aquela altura do ano em que todos votam os melhores do ano e o Acho que Acho acha que não deve ficar atrás de ninguém. Começamos com o Cinema. Para fazer esticar os cliques que massajam o ego, começámos com um pódio de bronze, seguido do de prata e, finalmente, agora, o de ouro. É só clicar na imagem para lerem o que falamos à altura que saiu.

Os nossos filmes favoritos de 2018 - Pódio Prata


Chegou aquela altura do ano em que todos votam os melhores do ano e o Acho que Acho acha que não deve ficar atrás de ninguém. Começamos com o Cinema. Para fazer esticar os cliques que massajam o ego, começámos com um pódio de bronze, seguido agora do de prata e, finalmente, o de ouro. É só clicar na imagem para lerem o que falamos à altura que saiu.

Os nossos filmes favoritos de 2018 - Pódio Bronze


Chegou aquela altura do ano em que todos votam os melhores do ano e o Acho que Acho acha que não deve ficar atrás de ninguém. Hoje começamos com o Cinema. Para fazer esticar os cliques que massajam o ego, vamos começar com um pódio de bronze, seguido do de prata e, finalmente, o de ouro. É só clicar na imagem para lerem o que falamos à altura que saiu.