Uma BD por dia, não sabe o bem que lhe fazia - até ao primeiro dia de 2020!



Tenho participado de uma brincadeira no Facebook: enumerar uma BD por dia até 2020. Começou há alguns meses, mas só agora dou-me ao trabalho de aqui a reproduzir. Mostro, hoje, as escolhas desta semana, com link na imagem para o texto que escrevi sobre o livro, ou um nhónhózinho, caso ainda não tenha falado dele.

Na semana do MOTELx, festival de cinema de terror de Lisboa, ficam umas sugestões de BDs desse lado tenebroso da literatura.



 


Dylan Dog, Mater Morbi de Recchioni e Carnevale. A personagem italiana da Bonelli é uma conhecida recente minha. Este volume foi o primeiro que li, e nem foi dos que mais apreciei, apesar da história ao mesmo tempo pessoal e negra. Uma exploração intimista da doença pela qual o autor tinha passado.
















Gideon Falls de Jeff Lemire e Andrea Sorrentino. Há em português e acabadinho de sair. O escritor canadiano continua na provar uma versatilidade invejável. Tão depressa escreve alguns dos melhores supers da DC e da Marvel, como inventa um universo dos homens de collants só seu, como envereda pelo mundo do terror, com este Gideon Falls. Lento sem ser arrastado. Atemorizante sem ser cansativo. Com o suficiente de desenvolvimento de história, enredo e personagens, sem perder um átomo do mistério que é a marca deste livro. Venceu um Eisner e merecidamente. Um dos grandes lançamentos de BD em Portugal este ano pela G.Floy.






Swamp Thing de Alan Moore e Steve Bissette. Esta parceria não só contém algumas das melhores histórias de terror feitas para BD, como é uma das BDs que mais aprecio. Ponto final. Foi com o Monstro do Pântano que conheci Alan Moore e, apesar de o ter lido primeiro nas edições da Editora Abril e só mais tarde em inglês, não perderam nada do lustro e qualidade com que se estrearam. É mesmo um dos meus trabalhos favoritos do escritor inglês - talvez o favorito. Ao mesmo tempo filosófico, aterrador e adulto, é também um marco do tamanho do Evereste na BD mundial e na dos EUA. Porque a DC arriscou (e Karen Berger, a sua revolucionária editora), foi possível provar ao mercado americano que existia espaço para os supers serem mais que escapismo infanto-juvenil - ainda que isto não seja bem uma história de supers.

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