The Unwritten vol. 8, Orpheus and
the Underworld de Mike Carey e Peter Gross
Hoje tenho duas BD
que estão longe de ser novas. Já aqui vos falei várias e repetidas vezes
(cliquem para ler: The Unwritten; Daredevil de Mark Waid). Uma e mais
vezes não vai fazer mal nenhum.
The Unwritten, da imaginação e
Mike Carey e Peter Gross, publicada pela lendária editora Vertigo, é um dos momentos mais aguardados quando sei que fica
disponível um novo volume a colecionar os fascículos individuais da saga.
Apesar disso, o anterior, The Wound,
tinha deixado um amargo de boca, ficando aquém das expectativas. O mesmo não se
pode dizer deste último, cuja narrativa é mais escorreita e direta, aludindo de
forma bastante direta a um dos mais emblemáticos mitos da antiguidade grega, o
de Orfeu e Eurídice. Contudo, para efeito da macro-história que está a ser
contada, esse mito engrena-se de forma plural na narrativa deste 8.º volume.
Se, por um lado, é feita alusão à jornada aos Infernos e à tentativa de
regresso, tendo por motivo o Amor entre os protagonistas, por outro lado, a
história sobre as histórias, que é o âmago deste Unwritten, avança sem soluços. São, inclusive, feitos passos para a
conclusão de vários enigmas e enredos que estavam suspensos desde o início da
saga. Ao mesmo tempo, na última página do volume (spoilers daqui para a frente), temos o primeiro crossover entre dois livros da editora
Vertigo (com Fables).
Daredevil de Mark Waid vol. 6
Mark Waid continua
em excelente forma, desviando o Demolidor da matriz que o caracterizou de forma
praticamente uniforme desde que Frank Miller o escreveu na década de 80. O
Demolidor negro, urbano-depressivo, realista, produto do mundo onde vivia. A
escrita do Demolidor de Waid aproxima-se mais do molde super-heroístico leve,
por exemplo do Homem-Aranha, mas sem confundir-se com esse ícone maior da Marvel. Este Demolidor é divertido mas
também tem um lado sombrio. Gosta de ser super-herói sem, contudo, estar
afastado das consequências. Há pathos mas há humor também. E as histórias que o
escritor escolhe são afastadas das diferentes iterações de crime e ninjas que,
uma vez mais, caracterizaram o personagem nas mãos de Miller, Bendis, Brubaker
e Diggle, por exemplo. Neste volume envolve-se com o Surfista Prateado na busca
de criminoso intergaláctico, ao mesmo tempo que entra como advogado de defesa
na batalha jurídica do homem que, na sua infância, lhe deu o epiteto de Demolidor.
Um pouco de leveza é sempre necessária.
2 comentários:
Daredevil do Waid:
APPROVED STAMP!
:)
Sim... Nuno. Uma grande selo de aprovação.
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