(Prometo tentar
informar aos menos conhecedores de BD acerca da acessibilidade desta coleção,
ou seja se é fácil ou não ler sem saber muito mais coisas)
Grau de acessibilidade: Médio
para o fácil
Sai amanhã, Quinta-feira, dia 21 de Novembro, junto com
Público e custa 8,9€
No anterior volume desta coleção foi incluída uma história que reintroduzia, na
mitologia do Super-Homem, um dos
elementos da alargada família que ganhou nos finais da década de 50, princípios
da década de 60, elementos estes que tinham desaparecido do Universo DC (por causa da infame Crise nas Terras Infinitas). Neste 20.º
volume reintroduz-se um outro: a Super-Moça,
prima de Kal-El, também ela exilada do
planeta natal Krypton.
O
personagem havia surgido, pela primeira vez, em Maio de 1959, na revista Action Comics número 252, onde nos é relatada
a chegada de Kara-El à Terra,
adolescente e munida dos mesmo poderes que o seu primo, revelando que, afinal,
o mais poderoso de todos os super-heróis não estava sozinho nem era o único
sobrevivente do planeta condenado. O personagem da Super-Moça atingiu, desde cedo, alguma relevância no cânone do
Universo DC, conseguido aventuras a solo e revistas com o seu próprio nome, mas
em 1986 iria encontrar um destino fatal. A já referida Crise nas Terras Infinitas (alvo de dois volumes fantásticos nesta
coleção – têm mesmo de a ler) marca uma viragem importante na História da
editora e a Super-Moça seria umas das
vítimas, ao morrer nas mãos do vilão da série. Na re-imaginação do mito do Super-Homem, levada a cabo pelo
escritor/desenhista John Byrne (e que
aparecerá no próximo volume desta coleção da Levoir), não havia lugar para a sua prima. Neste Universo DC
pós-Crise havia apenas um único sobrevivente de Krypton.
Escusado
será dizer que foi sol de pouca dura. No final da run de Byrne aparece uma
primeira versão da Super-Moça
pós-crise, originária de um miniuniverso criado por um vilão (não me peçam para
explicar, por favor). Como é normal nestas coisas da nostalgia na BD americana,
existiram vários ameaços depois disto, sendo mesmo que a esta primeira versão
de Kara seria dedicada uma série
homónima que duraria vários anos nas mãos do talentoso escritor Peter David. Contudo, os pedidos eram
tantos (e a necessidade mercantilista de os satisfazer também) que a
“verdadeira” Super-Moça acabaria por
regressar, exatamente na história incluída neste 20.º volume da coleção da Levoir, onde a santíssima trindade do
Universo DC, Super-Homem, Batman e
Mulher-Maravilha, dão as boas vindas a esta velha/nova versão de Kara-El, prima de Kal-El e também uma sobrevivente do planeta Krypton. A reintrodução foi arquitetada pelos talentos de Jeph Loeb na escrita e do falecido Michael Turner no desenho e, tal como já
depreenderam, realizou os sonhos de muitos fãs (mesmo os meus, que pouco
conhecida da versão pré-Crise para além da sua morte). O sucesso e relevância
desta história foram tantos que o conto foi alvo de uma adaptação para desenhos
animados bastante interessante.
Nota – Não partilho da opinião que tem de se saber tudo para
acompanhar bem uma história. Parte da “magia” da BD americana reside na
descoberta posterior, na paciente reconstrução do puzzle. Mas para aqueles que
não têm tempo e paciência aqui fica este meu pequeno esforço.
2 comentários:
Só para dizer que o filme de animação é dos poucos que a Warner animação tem lançado que se encontra à venda em Portugal. Chama-se Super-Homem / Batman - Apocalipse.
http://www.fnac.pt/Superman-e-Batman-Apocalipse-Edicao-Especial-sem-especificar/a321221
Obrigado Artur pela lembrança. Tinha me esquecido. Recordo que saiu tb o Public Enemies.
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