Esta semana a Levoir e o jornal Público apresentam em estreia nacional Dylan Dog, o popular detective do sobrenatural criado pelo Tiziano Sclavi em 1986 para a Editora italiana Sergio Bonelli, e que, mais de trinta anos depois da sua estreia, se mantém como um verdadeiro fenómeno de culto, que aliou o sucesso do público à aclamação da crítica e mesmo de intelectuais conhecidos como Umberto Eco, que declarou: “Posso ler a Bíblia, Homero e Dylan Dog dias e dias sem me aborrecer”.
Não, não é exagero de Umberto Eco. Dylan Dog é tão interessante quanto os clássicos, lá encontramos referências não gratuitas à literatura, aos clássicos, à música, que vão desde o pop ao cinema de autor, temos filosofia, crítica social, religião, reflexões acerca da humanidade, uma enorme mistura tratada com muito bom humor, inteligência e um cinismo ácido e mordaz.
Massimo Carnevale e Roberto Recchioni são os autores da obra apresentada esta semana, Dylan Dog: Mater Morbi. Nomes grandes dos fumetti italianos, o argumentista Recchionie o desenhador Massimo Carnevale criaram uma história em que o conhecido detective Dylan Dog, hipocondríaco confesso, enfrenta o seu medo mais profundo: a deterioração do próprio corpo devido a uma doença desconhecida e talvez até incurável. Uma doença que o levará às profundezas de um mundo onírico e aterrorizador, onde encontrará... Mater Morbi!
Prémio de melhor novela gráfica de terror pelos prestigiados The Ghastly Award 2016, Dylan Dog: Mater Morbi é uma reflexão carregada de crueza sobre os efeitos que uma doença grave tem no ser humano, sobre o medo irracional dos hospitais e da perda de saúde, o terror provocado pela aproximação da morte, a atitude com que cada pessoa enfrenta a sua doença e com ela convive.
Dylan Dog: Mater Morbi é um presente para os amantes de comic de terror. Com prefácio de João Miguel Lameiras, capa dura e 120 páginas no formato 170x257 mm é um objecto de culto de aquisição imprescindível para os fanáticos de Dylan Dog. Uma obra para guardar e recordar.
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