Rapidinhas de BD - Invincible vol. 19 e Chew vol. 8

Invincible vol. 19: The War at Home de Robert Kirkman e Ryan Ottley

Neste blog já escrevi tanto sobre o Invincible de Kirkman que começo a sentir a falta de palavras. Principalmente porque, 110 capítulos ou 19 volumes depois, não há retrocesso na qualidade. Não falo de qualidade literária mas da de entretenimento. Falo da qualidade super-heroística. É por isso que não me poupo a elogios ao trabalho de Kirkman nesta sua criação original. Invincible, pelo facto de ser um universo contido em si mesmo, continua a ser uma BD verdadeiramente divertida e envolvente. Os personagens evoluem e são influenciados pelos acontecimentos que os circundam. Status quo é uma palavra e conceito que Kirkman não aplica a quase nada nesta sua obra. Este novo volume é, uma vez mais, prova disso mesmo. Depois das revelações e acontecimentos de volumes anteriores, a vida do personagem titular não será mais a mesma. Mas o passado continua a ensombrá-lo na forma de antigos inimigos e velhos amigos que, agora, se preparam para ser algo mais que isso. Tudo evoluindo de forma orgânica, como se Kirkman, desde o já longínquo primeiro capitulo, sempre tivesse estes desenvolvimentos na cabeça. Volto a repetir: esta é a vantagem de um universo contido, sem múltiplos títulos paralelos para seguir. Contudo, Invincible não deixa de ser uma longa novela super-heroística, extremamente divertida e cujo próximo volume espero sempre com muita ansiedade.

Chew vol. 8: Family Recipes de John Layman e Rob Guilloroy


Mais um sucesso da editora Image (junto com Invincible e tantas, tantas outras). Imaginação desenfreada, conceitos inovadores, controlo total pelo destino dos personagens, visão autoral. Chew é uma das mais interessantes, originais e divertidas BD da atualidade norte-americana. Num futuro alternativo muito próximo, a gripe das aves mudou o panorama mundial. Político e social, quero eu dizer. Ao mesmo tempo, seres com poderes extraordinários relacionados com comida multiplicam-se e propagam-se por todas as esferas da atividade humana. O herói, Tony Chu, é um cibopata, capaz de saber todo o passado do alimento (vegetal ou animal) que ingere. Naturalmente, torna-se agente da mais importante organização policial dos EUA: a Food and Drug Admnistration, a ASAE lá do sítio. Contudo, nada do que parece, é. A história da gripe das aves não está bem contada. Um outro cibopata, vilão e serial killer, movimenta-se pelo mundo em busca de algo ainda desconhecido. Este volume, que entra no ato final da série, inicia o longo descortinar dos mistérios que envolvem a narrativa desde o início. Os personagens começam a ser posicionados para o fim que, já se antevê, não está muito longe. Mas os dois autores não se perdem na exposição e avanço puro dos acontecimentos, antes imergem-se nos deliciosos pormenores de cada um dos personagens que criaram, dando alma e diversão. Esta é uma série que sabe a uma espécie de X-Files com comida e cheia, cheia de humor. Outras daquelas leituras em que mal posso esperar pelo volume que se segue.

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