(Prometo tentar
informar aos menos conhecedores de BD acerca da acessibilidade desta coleção,
ou seja se é fácil ou não ler sem saber muito mais coisas)
Grau de acessibilidade: Fácil
Sai amanhã, Quinta-feira, dia 17 de Outubro, junto com
Público e custa 8,9€
Querem
se preparar para um dos eventos cinematográficos de 2015, o muito badalado
primeiro encontro, nas telas da 7.ª Arte, entre os dois maiores ícones da BD
americana? Pois aqui vão ter uma excelente introdução a uma das mais
interessantes relações dos comics.
A amizade
entre o Super-Homem e o Batman tem sido das maiores fontes de
histórias da DC Comics. Antes da
famosa Crise nas Terras Infinitas, a
qual já aqui recomendei um conjunto enjoativo de vezes (e que está disponível
nesta coleção), a relação entre os dois melhores super-heróis do mundo (?) era
da mais pura das amizades. O universo pré-Crise era mais “inocente”. Nele, as
claras diferenças filosóficas entre ambos, se existentes, eram disfarçadas ou pura
e simplesmente não faladas. Foi preciso Frank
Miller, com o imprescindível The Dark
Knight Returns, para sublinhar estas diferenças e transformá-los em
“adversários filosóficos”, aquilo que deveriam sempre ter sido. Um o escuteiro,
outro o vigilante. Muito dificilmente pessoas com tão diferentes abordagens ao
mesmo tema poderiam dar-se bem. Quando o realizador e atores do filme a estrear
em 2015 quiseram o anunciar, escolheram o diálogo eterno de The Dark Knight Returns: “I want you to remember, Clark, in all the
years to come… In your most
private moments, I want you to remember my hand at your throat. I want you to
remember the one man who beat you.”
No universo
pós-crise, o Batman e o Super-Homem respeitavam-se e era só isso. Uma amizade de 50 anos
transformou-se, dando lugar a algo mais interessante (pelo menos do meu ponto
de vista), talvez até mais realista. É neste contexto que surgiu uma minissérie
de luxo escrita por Dave Gibbons (o
também desenhista britânico responsável pelos Watchmen) acompanhado pelo desenho retro do fabuloso Steve Rude, que perfaz o conteúdo deste
15.º volume da coleção da Levoir-Público.
Uma história fácil de acompanhar mesmo pelos menos BDfilos, já que os vilões
escolhidos são o Joker e o Lex Luthor, os lados opostos das
respectivas moedas do Batman e Super-Homem.
Nota – Não partilho da opinião que tem de se saber tudo para
acompanhar bem uma história. Parte da “magia” da BD americana reside na
descoberta posterior, na paciente reconstrução do puzzle. Mas para aqueles que
não têm tempo e paciência aqui fica este meu pequeno esforço.
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