(Prometo tentar
informar aos menos conhecedores de BD acerca da acessibilidade desta coleção,
ou seja se é fácil ou não ler sem saber muito mais coisas)
Grau de acessibilidade: Difícil
Sai amanhã, Quinta-feira, dia 19 de Setembro, junto com
Público e custa 8,9€
Este
é complicado. Acompanhar a história do Flash
é seguir o complexo novelo do Universo da DC desde o seu início. O velocista
escarlate (um dos epítetos do personagem) tem sido um repetido marco das
mudanças radicais que ocorreram ao longo de dezenas de anos neste mundo
fictício. Tudo começou em 1959, no histórico Showcase número 4, onde é-nos apresentado o segundo Flash da história da BD, Barry Allen, um jovem cientista da
polícia de Central City que, por um
feliz acidente que apenas acontecem nas histórias de super-heróis,
transforma-se no homem mais rápido do planeta. Este era também o início da
primeira reinvenção do universo de super-heróis da DC, onde novas
interpretações de nomes que já vinham das décadas de 30 e 40 eram dadas a
conhecer.
Flash foi também o primeiro dos personagens desta nova geração a conhecer a velha, a viajar entre universos paralelos e a conhecer o congénere da Terra-2 (para quem já começa a ter a cabeça a fumegar sempre podem ler este meu post). Com Flash nascia o multiverso da DC Comics e os dois acabariam por morrer juntos, 25 anos mais tarde, na saga Crise nas Terras Infinitas, já publicada nesta coleção.
Flash foi também o primeiro dos personagens desta nova geração a conhecer a velha, a viajar entre universos paralelos e a conhecer o congénere da Terra-2 (para quem já começa a ter a cabeça a fumegar sempre podem ler este meu post). Com Flash nascia o multiverso da DC Comics e os dois acabariam por morrer juntos, 25 anos mais tarde, na saga Crise nas Terras Infinitas, já publicada nesta coleção.
Na história publicada neste volume, apropriadamente chamada de Flash Renasce, Barry Allen regressa do mundo dos mortos, outros 25 anos depois, sendo
novamente o percursor de uma mudança de paradigma que ocorreria em 2011 com Os Novos 52, a mais recente reformatação
do Universo DC. Entendem agora o pedigree
e a dificuldade?
Vou
ser claro: os autores, os excelentes Geoff
Johns e Ethan Van Sciver, não
ajudam a simplificar a história (nem tentam, o que não é, de todo, mau). De
facto, como lidar com 50 anos de histórias de uma forma que, ao mesmo tempo,
atraia leitores novos e não negligencie quer a riqueza destes universos quer os
fãs? E isso interessa verdadeiramente? Não será antes relevante o carácter de
entretenimento? Se um leitor mais desinformado conseguir se sentir entretido e
curioso o suficiente para passar à procura de outras histórias e tentar reconstruir
o puzzle, não podemos chamar a isso
uma missão bem sucedida?
Como
já venho dizendo desde o começo destes posts,
parte da magia do universo de super-heróis reside exatamente neste ato e, meus
caros, este é dos volumes mais desafiantes.
Nota – Não partilho da opinião que tem de se saber tudo para
acompanhar bem uma história. Parte da “magia” da BD americana reside na
descoberta posterior, na paciente reconstrução do puzzle. Mas para aqueles que
não têm tempo e paciência aqui fica este meu pequeno esforço.
2 comentários:
Eu acho que a dupla falhou a motivação do vilão é muito infantil,até a versão animada de Batman Brave e the Bold Season 2 que deu no PANDA BIggs é melhor que a dessa mini serie que vale pela arte mas com história fraquinha.
Obrigado pelo comentário, Prime. ;-)
Confesso que não me lembro bem da motivação do vilão. Mas que este volume tenho sempre uma razão para reler.
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