Vício do mês, versão Setembro de 2016






Já são muitos anos a virar frangos. Desde os cinco anos de idade a ler Banda Desenhada em geral e de super-heróis em particular. Começou pelo Homem-Aranha e progrediu para todos os outros. Transformou-se em mais do que um vício, que continua até hoje. Todos os meses desloco-me à minha loja de BD favorita e de lá venho com A Pilha. Alguns dos livros dessa pilha leio com mais prazer do que outros, é verdade, mas leio tudo . A lista em baixo é a deste mês.

Action Comics #961-962 da DC Comics
Batman #04-05 da DC Comics
Detective Comics #938-939 da DC Comics
Justice League #02-03 da DC Comics
Superman #04-05 da DC Comics
Wonder Woman #04-05 da DC Comics
Avengers #12 da Marvel
Dr. Strange #10 da Marvel
Ms. Marvel #10 da Marvel
Scarlet Witch #09 da Marvel
Spider-Man #07 da Marvel
Spider-Man / Deadpool #08 da Marvel
Spiderwoman #10 da Marvel
Ultimates #10 da Marvel


Já irrita, não é?!

Quem tem a paciência de ler este meu vomitado de ideias sobre as BD's de super-heróis que leio todos os meses já sabe que os destacados são tão repetidos que enjoam. Ultimates de Ewing e Rochafort é dieta cósmica de proporção omnisciente. São deuses enjaulados por entidades de fúria multiversal. São super-heróis ridiculamente poderosos e eficientes sem capacidade de resposta às ameaças. É muito do que gosto em super-heróis.

Outra personagem que todos já sabem ser a minha favorita é a Diana, a Mulher-Maravilha, a Wonder Woman. Nas mãos, imaginação e reverência de Rucka, Sharpe e Scott não estava tão bem há uns meses  - desde Azzarello, que o casal Finch me perdoe. Andamos entre o passado e o presente, a investigar uma versão conhecida e desconhecida da nossa princesa.  Está muito bem escrita e desenhada e recomenda-se.

Acho que Acho que também já irrita estar assim tão bem

Não estão no Olimpo mas quem dera a muitos serem assim. Do lado da minha favorita DC, parece que o regresso às bases que sempre fizeram esse universo ser único está a resultar.  É o Rebirth e, dos títulos que leio, Batman, Superman e Detective Comics estão com equipas criativas a debitar aventuras interessantes e empolgantes. Continuo com as reservas dignas de quem já vira frangos há muitos anos mas, ao mesmo tempo, a criança que me obriga a lê-los todos os meses está bastante entusiasmada. Os títulos do Cavaleiro das Trevas são, de forma geral, melhor escritos e desenhados mas a revista homónima do Super-Homem não deve envergonhar-se. Tomasi e Gleason provam, uma vez mais, que os dois maiores ícones da DC com filhos não é um erro e antes uma evolução natural e certeira. 

Do lado da Marvel, e apesar de continuarem a intersecção com o evento/mega-história Civil War II, os títulos não descolam-se da qualidade. Falo de Avengers, que o escritor Mark Waid parece estar a conseguir agarrar de forma mais independente dos ditames editoriais, falo de Ms. Marvel, uma das melhores revistas publicadas pela editora, falo de Spider-Man, Spider-Woman e Scarlet Witch, que este mês decidiu pausar um pouco a história normal mas sem soluços. Apenas Dr. Strange e Spider-Man/Deadpool são cartas fora do baralho Civil War II e prosseguem as suas histórias com a mesma qualidade e com a mesma equipa criativa. Tanto uma como outra concluem os primeiros arcos de história de forma convincente e divertida. 

Ai que estás quase, quase, quase a ir

É injusto para o trabalho de Jurgens no Action Comics estar debaixo deste toldo. Nunca foi um enorme escritor e sempre navegou as águas da terra do meio. O seu regresso ao super-herói que lhe deu nome é carregado de nostalgia e muito disso consegue aguentar o enredo. Contudo, não estou seguro que consiga levar este barco por muito tempo. A ver vamos.

A maior decepção da minha Pilha de Rebirth está a cabo da Justice League de Hitch e Daniel. Por enquanto, sabe a pouco mais do que uma versão diluída em (muita) água da Liga da Justiça escrita por Grant Morrison. A grandiloquência e verborreia tonitruante do escritor escocês é difícil de copiar, para não dizer impossível. Morrison não limitava-se a colocar a Liga contra ameaças impossíveis à escala cósmica, ele convencia-nos disso com palavras a beirar o teatral. Ewing nos Ultimates consegue-o refugiando-se no seu estilo e, portanto, afastando-se de comparações exageradas. Hitch ainda não. Pode ser que nos próximos meses melhore.

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