(Reposição de posts sobre estes dois filmes que estreiam hoje)
The Act of Killing de Joshua Oppenheimer, Anonymous, Christine Cynn
Este documentário vem com a recomendação de ser o melhor filme de 2013 de acordo com a excelente revista Sight & Sound. Este é a publicação, de origem britânica, que em 2012 voltou a eleger os melhores filmes de sempre (uma prática decenal). Nesse ano, Vertigo finalmente destronou o eterno Citizen Kane. Estas recomendações não fazem sentido para avaliar a qualidade do filme, ou melhor, aquilo que achei do mesmo, mas dito este preâmbulo resta-me afirmar que adorei o documentário. O tema é geograficamente limitado mas universalmente abrangente. O realizador pretendia abordar os massacres a simpatizantes comunistas que tiveram lugar em solo indonésio na década de 60. Acontece que os que os perpetraram continuam no poder e são vistos como heróis nacionais. Numa inversão genial, são os próprios carniceiros a oferecer-se para relatar os factos ocorridos. O que segue é uma observação clinica e factual destes homens enquanto reproduzem as ocorrências do passado (usando eles próprios e outros como atores). Pouco mais há a dizer e o realizador bem o sabe. Escancara as portas do documentário e deixa a realidade jorrar para dentro da película com toda a sua tenebrosa factualidade. Um filme poderoso. Muito.
Jeune & Jolie de François Ozon
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