Colecção DC Levoir/SOL – 5.º Volume: Universo DC

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(Prometo tentar informar aos menos conhecedores de BD acerca da acessibilidade desta coleção, ou seja se é fácil ou não ler sem saber muito mais coisas)
Grau de acessibilidade: Fácil
Sai hoje, Sexta-feira, dia 27 de Dezembro, junto com jornal SOL e custa 8,9€
Este e o anterior volume desta coleção da Levoir incluem uma saga envolvendo a famosa Liga da Justiça, a mais importante equipa de super-heróis da DC Comics, aquela que reúne nas suas fileiras o Super-Homem, Batman, Mulher-Maravilha, Flash, Lanterna Verde, entre muitos outros. Em suma, a coleção completa dos variados arquétipos que compõe a mitologia do panteão dos super-heróis. Esta história faz parte daquela coleção de contos publicados por esta editora e que caem fora da continuidade regular do Universo DC, um mundo onde os diferentes criadores envolvidos podem dar (ainda mais) aso à sua imaginação e dirigir os diferentes personagens por caminhos que, de outra forma, seriam difíceis de trilhar. Chamou-se a isto Elseworlds e já teve um volume publicado nesta coleção com o Batman. Contudo, este Justiça não é um Elseworlds no sentido mais clássico do termo, antes pode considerar-se como a realização do sonho de um conjunto de autores, que reproduzem em história e desenho desejos de infância, como se estivessem a brincar com os bonecos da DC que colecionaram.
Esta saga em dois volumes é um verdadeiro “sonho molhado” de qualquer fã de super-heróis, pois não só reúne, numa única  história, os maiores heróis da DC mas também os seus maiores antagonistas, uma verdadeira coleção de seres do Mal, alguns dos melhores dos piores que a BD americana tem para oferecer. Por aqui vão passar Lex Luthor, Joker – estes já todos conhecem -, Brainiac, Bizarro, Metallo, Gorilla Grodd, Cheeta, Sinestro, etc., e se estes últimos são desconhecidos ou mesmo estranhamente ridículos, não se iludam. Nestes nomes estão seres que vergariam o Diabo. No conflito titânico contido nestas páginas, estamos defronte de algo verdadeiramente mitológico, pois estão aqui reunidos os melhores dos melhores e os piores dos piores, confrontando-se na escala universal e ao som do trovão.
A orquestrar este conflito capaz de romper os céus estão Alex Ross, Jim Krueger e Doug Braithwaite, três criadores cujo recente modus operandi é exatamente este: reunir o que de melhor e maior as editoras de super-heróis oferecem e destilá-lo num macro conto para o qual o cinema necessitaria de um orçamento proibitivo para produzir. Alex Ross, especificamente, ficou bastante conhecido na década de 90 com dois maravilhosos trabalhos, Marvels (para a Marvel) e Kingdom Come (para a DC e editado em Portugal pela Vitamina BD), dessa feita ao lado de dois brilhantes escritores, Kurt Busiek e Mark Waid, respectivamente. A partir daí, celebrizou-se a trabalhar para estas duas editoras e num projeto com Busiek, Astro City, tornando-se num dos mais queridos e procurados criadores da BD americana.
Nota – Não partilho da opinião que tem de se saber tudo para acompanhar bem uma história. Parte da “magia” da BD americana reside na descoberta posterior, na paciente reconstrução do puzzle. Mas para aqueles que não têm tempo e paciência aqui fica este meu pequeno esforço.

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