Colecção DC Levoir/Público – 18.º Volume: Batman


(Prometo tentar informar aos menos conhecedores de BD acerca da acessibilidade desta coleção, ou seja se é fácil ou não ler sem saber muito mais coisas)
Grau de acessibilidade: Fácil

Sai amanhã, Quinta-feira, dia 7 de Novembro, junto com Público e custa 8,9€

“Em Elseworlds, os heróis são tirados dos seus ambientes naturais e colocados em lugares e épocas estranhas – algumas que de facto existiram, outras que poderão ter existido e outras ainda que não podem ou poderiam ter existido. O resultado são histórias que recriam personagens, familiares como o ontem mas frescos como o amanhã.”
A frase de cima explica a premissa por detrás da série Elseworlds da editora DC Comics, que almejava introduzir os seus mais conhecidos nomes em histórias, mundos e épocas alternativas à continuidade regular. Deste modo poderíamos ver um Super-Homem que não aterrou em Kansas mas antes nas tundras geladas da URSS, um Batman vampiro, uma Mulher-Maravilha da época vitoriana.
Este volume da Levoir coleciona três destas histórias especificamente criadas para o personagem que mais contos teve nesta coleção de mundos alternativos: o Batman. A capacidade de adaptação e a perenidade do arquétipo do Cavaleiro das Trevas é reforçada com este volume, conseguindo facilmente se acomodar a histórias que incluem quer o Jack o Estripador, quer o Conde Drácula, personagens assumidamente negros e góticos e tão bem adaptados ao universo de Batman.
As histórias aqui incluídas são realizadas por alguns dos maiores nomes alguma vez associados à BD americana e ao Batman, especificamente. O conto que dá capa ao volume, é escrito por Brian Augustyn e desenhado pelo lendário Mike Mignola, que mais tarde seria mundialmente conhecido como o criador de Hellboy (não viram os filmes realizados por Guillermo Del Toro? Que vergonha!), onde continuaria a exibir a sua inclinação gótica e negra que parece ter começado a aprimorar neste Batman: Gotham by Gaslight. Aliás, este seria o primeiro conto Elseworlds, mesmo antes de esse termo sequer existir.
A segunda narrativa é, por sua vez, escrita por um, já na altura, importante escritor de Batman, Doug Moench, e desenhada por Kelley Jones, cujo traço verdadeiramente chiaroscuro e, novamente, gótico, veio a revelar-se bastante adaptado não só a esta história como ao Batman. Tanto que estes dois autores, uns anos mais tarde, seriam responsáveis por uma sequência de histórias no universo normal do personagem.
Como podem calcular, estas histórias são verdadeiramente fáceis de acompanhar e altamente recomendáveis pelo talento dos criadores envolvidos.
Nota – Não partilho da opinião que tem de se saber tudo para acompanhar bem uma história. Parte da “magia” da BD americana reside na descoberta posterior, na paciente reconstrução do puzzle. Mas para aqueles que não têm tempo e paciência aqui fica este meu pequeno esforço.

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