My life as Weapon e Little Hits colecionam os primeiros números
da mais recente tentativa da Marvel
em dar um título solo ao seu Robin Hood
de serviço. Na esteira do filme dos Vingadores,
onde o personagem teve relativa relevância, a editora decidiu dar oportunidade
a um dos melhores escritores de serviço, Matt Fraction, para dar vida a um dos mais antigos
personagens do seu cardápio (já vem da década de 60), o eterno vingador inconformado
e rebelde conhecido em Portugal como o Gavião
Arqueiro.
Os dois criadores (Fraction e Aja) já no passado haviam trabalhado num
personagem estilo “da rua”, o Punho de Ferro,
com resultados bastante similares em qualidade, ainda que o produto final seja
dispare.
No contexto da BD de super-heróis (por muitos apelidada de mainstream) estes dois volumes representam uma lufada de ar fresco face ao panorama disponível, ao fazer escolhas narrativas bastante estimulantes. Não só Fraction engendra enredos francamente diferentes (chega a haver um capítulo inteiro visto da perspectiva de um cão e, já agora, bastante bom), como Aja, nos desenhos, escolhe o caminho oposto das páginas vistosas, preferindo partir a ação em pequenos quadradinhos e trazendo a escala para o humano e o psicológico, possibilitando trocas de diálogos, olhares e gestos entre os diferentes personagens. Em suma, a violência típica de super-heróis é preterida face ao relacional. Nada de novo mas francamente bem conseguido.
No contexto da BD de super-heróis (por muitos apelidada de mainstream) estes dois volumes representam uma lufada de ar fresco face ao panorama disponível, ao fazer escolhas narrativas bastante estimulantes. Não só Fraction engendra enredos francamente diferentes (chega a haver um capítulo inteiro visto da perspectiva de um cão e, já agora, bastante bom), como Aja, nos desenhos, escolhe o caminho oposto das páginas vistosas, preferindo partir a ação em pequenos quadradinhos e trazendo a escala para o humano e o psicológico, possibilitando trocas de diálogos, olhares e gestos entre os diferentes personagens. Em suma, a violência típica de super-heróis é preterida face ao relacional. Nada de novo mas francamente bem conseguido.
Um dos outros heróis deste Hawkeye é o colorista Matt
Hollingsworth, que consegue um fantástico trabalho que completa uma BD francamente
boa, uma BD que aproveita muitas das potencialidades da arte e procura explorar
novas soluções para histórias que, de outra forma, não sairiam do lugar-comum. Esta
obra consegue prevalecer em águas já trilhadas por autores como Frank Miller, mas recorrendo-se de outros
instrumentos (o humor é bastante bem-vindo nesta série), que completam um todo fácil
de ler e fresco. Bastante recomendável.
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