Para ler a minha impressão sobre o anterior volume do Daredevil de Mark Waid clica aqui.
A quantidade de elogios que se podem tecer acerca desta run de Mark Waid é sempre pouca (NOTA
– Para os não entendidos, run em BD
significa um conjunto de histórias que um mesmo criador, seja ele escritor ou
desenhista, dedica a um mesmo personagem. Também poderá existir uma run de uma mesma parelha de
escritor/desenhista).
Mark Waid desligou Daredevil do lado mais negro e negativo
que era já marca registada do personagem (principalmente graças a Frank Miller e Bendis) e, para isso, apenas lhe devolveu alguns dos paramentos puramente
super-heroísticos, o lado divertido e solarengo do qual já se sentia a falta. Sendo
este o quarto volume coleccionado da série, não é nenhuma novidade para os
leitores, mas o que é verdadeiramente refrescante é Waid não perder um átomo do entusiasmo que caracteriza os seus enredos
e diálogos, continuando a entregar capítulos viciantes, divertidos e cheios da
sua conhecida genética.
Waid é mestre de
uma escrita muito sua e alicerçada nos cânones do super-herói, não se
esquecendo do lado mais escabroso da vida deste tipo de personagem, recorrendo
a reviravoltas sempre lógicas que entusiasmam o viciado (como eu), mas que não
alienam o leitor casual (os escritores e editores do X-Men poderiam aprender qualquer
coisa).
Este quarto volume continua o arco de história que este
escritor quer para o personagem, reintroduzindo personagens e vilões há muito
esquecidos ou considerados de somenos importância, reinterpretados pela sua
frenética imaginação tão bem fundeada no universo Marvel. Isto é puro super-herói, sem tirar nem pôr, um frenesim de
acção e fantasia que só pode agradar ao leitor já vetusto mas também àquele
ainda imberbe. A ler sem medos porque é mesmo bom.
1 comentário:
É mesmo viciante!
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