Banda Desenhada. Porque vale a pena ler e ler e ler...

JLA de Grant Morrison e Howard Porter

Uma estrela do mar do tamanho de um continente que deseja ardentemente roubar os sonhos de crianças para construir um império.

Descendentes do século 853 que viajaram até o nosso presente onde esperam convencer-nos a participar em jogos celebrativos da nossa herança.

Um Sol Tirano e o homem imortal reunem-se sob a madrugada de um planeta vermelho e planeia o fim de dois séculos.

Um Deus déspota que vê o paraíso como um tempo e um espaço onde todos são cegos, surdos e mudos a tudo, excepto à Sua palavra.

Uma arma todo poderosa do universo que existiu antes do nosso.

Um anjo que segue a herança rebelde do Lucífer Estrela-da-Manhã.

Está convencido? As histórias atraem? Se sim, JLA (acrónimo de Justice League of América) é para si. Mas mais particularmente a JLA do mago escocês louco que é Grant Morrison e da tinta titânica de Howard Porter.

Esta JLA é como se um filme blockbuster injectado de drogas psicotrópicas saísse a cada 6 meses. É como se Shakespeare e Spielberg desejassem ter um filho juntos. É como o relato mesmerizado de um repórter que ousou escrever de perto – tão de perto – as batalhas de DEUSES.

E os Deuses em causa são dos maiores ícones da BD americana e da editora DC: Super-Homem; Batman; Mulher-Maravilha; Flash; Lanterna Verde; Aquaman; Martian Manhunter.

É como se Mozart, Beatles, Ali Farka Touré, Alpha, U2 e os Radiohead se juntassem para escrever o concerto de aniversário de Deus. É como se Homero, Shakespeare, Proust, Joyce, Saramago e Cervantes partilhassem a escrita do livro verdadeiro. É como se Camões, Pessoa e Andrade escrevessem o hiper-poema. É assim que se deve ver a aliança destes mega-seres, destas estátuas clássicas de perfeição humana, desta máquina oleada de defesa do puro.

Durou pouco mais que 40 capítulos e está tudo coleccionado. Procurem-nos na Amazon ou na loja mais próxima que venda BD. E já agora, se puderem, comprem a Deluxe Edition, ou vocês não gostam de ver os vossos filmes preferidos num ecrã gigante?

2 comentários:

Nuno Amado disse...

Também adorei este primeiro volume "Deluxe" da JLA (compila os dois primeiros números que sairam em "capa mole"), atenção, está quase, quase o volume dois à venda ;)
Eu cá... acho que acho, que isto é mesmo bom!

SAM disse...

Uma grande BD que adoro, não só porque é um delicioso entretenimento que nada deve às telas gigantes do cinema, mas também porque é escrito de forma tão "maior-que-a-vida".

Obrigado pelos comentários... ;-)