Tenho participado de uma brincadeira no Facebook: enumerar uma BD por dia até 2020. Começou há alguns meses, mas só agora dou-me ao trabalho de aqui a reproduzir. Mostro, hoje, as escolhas desta semana, com link na imagem para o texto que escrevi sobre o livro, ou um nhónhózinho, caso ainda não tenha falado dele.

Esta semana temos, por um lado, sugestões para todos os gostos e sensibilidades e, por outro, o inicio de mais uma homenagem à minha editora de BD favorita, a DC Comics, e, especificamente, à Liga da Justiça de Grant Morrison.



 

JLA# 6: A colaboração de Grant Morrison e Howard Porter na Liga da Justiça é, sem dúvida nenhuma, uma das minhas sequências de supers da vida. Dentro do Top 5, assim à vontadinha. Nesta história, Morrison prova que a dimensão épica da Liga só estava limitada pela imaginação de quem nela trabalha. Os maiores heróis da DC defrontam as hostes de arcanjos do paraíso. Querem algo maior que isto? Porque Morrison e Porter conseguiram. Mas até chegar lá, ver o Super-Homem a parar o General dos Arcanjos e a Mulher-Maravilha a derrubar a arca de guerra dos céus é uma visão soberba (por acaso, esta história até foi publicada em Portugal pela Levoir).







JLA Rock of Ages. Durante seis partes, Morrison e Howard Porter (com ajuda de Gary Frank), construíram uma das mais definitivas histórias da Liga. Enfrentaram uma outra liga, a da Injustiça, e Darkseid, que conseguiu, no futuro, submeter o universo à sua vontade. Conheceram heróis que, no limite do multiverso, são a última linha de resistência contra uma arma suprema do mal. E é nesta história que Morrison cria a brilhante frase Darkseid Is.











JLA #22. Esta história de Morrison e Howard Porter teve, à altura, um significado especial para fãs de BD. Nela aparecia, pela primeira vez fora do selo da Vertigo, a lendária personagem Sandman, da criação de Neil Gaiman. A Liga enfrenta um conquistador intergaláctico na figura de múltiplas estrelas do mar gigantes e telepáticas que querem roubar e subverter os sonhos da Humanidade. Eis que entra o Senhor dos Sonhos, Morfeu, o Sandman. E o resto é uma das melhores histórias desta dupla de autores na Liga.










DC One Million de Grant Morrison e vários. Nesta série o escritor escocês imaginou o século 853, quando será publicado o número um milhão da revista Action Comics - recordo que, no número um de 1938, apareceu, pela primeira vez, o Super-Homem. Nesse longínquo futuro, a Liga existe ainda, a Justice Legion A, e será composta por versões modernizadas e ultra-futuristas da equipa de supers. Um conceito brilhante e simples executado como uma das mais belas homenagens ao Homem de Aço feitas até hoje. Cheia de imaginação desenfreada, algures entre aquela que temos quando crianças e a psicadélica de um adulto movido a LSD.






JLA WW3. E chega ao final a brilhante fase de Morrison e Porter na Liga. Contra uma Arma do Nada Abissal para lá das fronteiras do multiverso. Com Diana a liderar os exércitos do Homem. Com o Super-Homem e o Batman contra a arma, Mageddon. A Melhor Dupla do Mundo. A entropia final não teve hipótese nenhuma.

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