Saiu hoje, dia 28
de Maio de 2014, mais um volume da Panini
que coleciona um confortável número de capítulos da história recente de determinados
personagens da editora Marvel e que irão ter importância no seu
universo cinematográfico: os Guardiões da
Galáxia.
Quando a editora
anunciou este grupo de super-heróis como um dos seus projetos para o universo
partilhado que está a construir no ecrã gigante, muitos de fora da BD
perguntaram-se “quem são eles?” e os
de dentro “porquê estes?”. Efetivamente,
não estamos a falar de um dos mais conhecidos conceitos da Marvel, ainda que a sua história recente tenha sido, para os fãs,
bastante rica. O nome Guardiões da
Galáxia está longe de ser novo, tendo surgido nos fins da década de 60 na
revista Marvel Super-Heroes número
18, datado de Janeiro de 1969, e criados por Arnold Drake e Gene Colan (ainda que
se diga que Stan Lee teve um papel nada pequeno na sua criação – como aliás com
todos os personagens da editora daquela década). Esta iteração, apesar de não
ser aquela que irá surgir no cinema, é das mais conhecidas e duradouras. Um
conjunto de super-heróis reúne-se, no futuro longínquo da década de XXX, para
combater a invasão da raça Badoon ao nosso sistema solar. Nascem os Guardiões da Galáxia que, nas próximas
três décadas e meia, aparecerão como convidados em inúmeras outras revistas
(uma das mais relevantes foi a dos Vingadores)
e na sua própria, publicada na primeira metade da década de 90. Depois do
cancelamento desta desapareçam de forma mais ou menos definitiva.
Durante mais de 10
anos não existiu no mercado nenhuma revista com o nome do grupo mas, em 2008,
Dan Abnett e Andy Lanning, que estavam encarregues das histórias do canto
cósmico da Marvel, decidem reativar o
conceito mas, desta feita, com personagens completamente diferentes do nosso
“presente”. Nascidos na sequência de ameaças pan-universais como a Onda de Aniquilação e a Phalanx, os heróis Star-Lord, Rocket Racoon,
Quasar, Adam Warlock, Gamora, Drax o Destruidor e Groot, reúnem-se sob a égide de Guardiões
da Galáxia, criam a sua “casa” na cabeça de um Celestial falecido (querem
saber mais? Leiam as BD’s, muito boas) e autoproclamam-se defensores da “ordem
cósmica”. Isto apesar de terem como membros um guaxinim falante, uma árvore
senciente que apenas diz “I Am Groot”,
um ex-messias estelar como Adam Warlock,
a “mulher mais perigosa da galáxia”, Gamora,
etc. Ou seja, uma reunião eclética de personagens. Mas estas personalidades díspares
e a sua dinâmica atraíram suficientes leitores para que esta iteração durasse
ainda 25 números, até que imperativos vários ditaram o cancelamento de toda a
linha cósmica que Abnett e Lanning tinham criado. A história iniciada em 2008
concluía na saga Thanos Imperative.
Se o nome Thanos vos soa familiar é porque sabem
que este será o vilão do terceiro filme dos Vingadores
e percebem porque a editora decidiu incluir os Guardiões no cinema. As histórias incluídas neste volume da Panini reúnem os primeiros capítulos da
terceira tentativa da Marvel, datada
de 2012, com argumento do prolífero Brian Michael Bendis e desenhos de Steve
McNiven, com objetivo de preparar os leitores para a versão do cinema. É que a
equipa é composta pelos personagens que irão aparecer no grande ecrã – mais um
de bónus: o muito conhecido Homem de Ferro. Estas novas aventuras não são, na
minha opinião, da mesma qualidade das publicadas por Abnett e Lanning mas,
ainda assim, bastante interessantes. Leiam e depois digam qualquer coisa.
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