(título gentilmente inventado pelo Filipe Faria)
Quantas e quantas vezes os fãs de BD ouvem a frase "isso é coisa de miúdos"? Pode acontecer quando estamos sossegados a ler na esplanada ou quando queremos sugerir algo e convencer que BD é Arte como outra qualquer. Às vezes, até dentro dos fãs de BD, existe a eterna divisão entre os que gostam de super-heróis ou da Disney e os outros que consideram que, uma vez mais, "isso é coisa de miúdos".
Quantas e quantas vezes os fãs de BD ouvem a frase "isso é coisa de miúdos"? Pode acontecer quando estamos sossegados a ler na esplanada ou quando queremos sugerir algo e convencer que BD é Arte como outra qualquer. Às vezes, até dentro dos fãs de BD, existe a eterna divisão entre os que gostam de super-heróis ou da Disney e os outros que consideram que, uma vez mais, "isso é coisa de miúdos".
Destas coisas está a Arte como um todo cheia, mas, no que a mim diz respeito, muitas vezes confunde-se a forma com o conteúdo. Uns olham para algo e reconhecem nele um castelo labiríntico de corredores intrincados, enquanto outros vêem apenas um casebre de palha (que se sopra e desfaz-se numa explosão de mil agulhas, como interferência numa TV).
Não quero mais nada do que propor exemplos de BDs, vindas de qualquer quadrante, que inspiram-me e elevam-me. Pode acontecer com um naco de prosa verdadeiro, com um desenho deslumbrante, com a conjugação dos dois ou, claro, com uma arrebatadora narrativa de vários quadradinhos.
Hoje viajamos até o ano de 1975 e a uma memorável sequência de histórias do jovem Jim Starlin. O autor agarrou numa esquecida e periférica personagem da Marvel, Adam Warlock, para onde decide verter reflexões sociais de uns EUA desiludidos com o poder político. Uma sequência de histórias inacabada, devido a imperativos editoriais, mas que persiste como uma das maiores jóias da BD de super-heróis.
Hoje viajamos até o ano de 1975 e a uma memorável sequência de histórias do jovem Jim Starlin. O autor agarrou numa esquecida e periférica personagem da Marvel, Adam Warlock, para onde decide verter reflexões sociais de uns EUA desiludidos com o poder político. Uma sequência de histórias inacabada, devido a imperativos editoriais, mas que persiste como uma das maiores jóias da BD de super-heróis.
Strange Tales #181 (1975), páginas 10 e 11
escrito e desenhado por Jim Starlin
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