Uma BD por dia, não sabe o bem que lhe fazia - até ao primeiro dia de 2020!



Tenho participado de uma brincadeira no Facebook: enumerar uma BD por dia até 2020. Começou há alguns meses, mas só agora dou-me ao trabalho de aqui a reproduzir. Mostro, hoje, as escolhas desta semana, com link na imagem para o texto que escrevi sobre o livro, ou um nhónhózinho, caso ainda não tenha falado dele.

Neste momento, estou a escolher os meus momentos importantes do Quarteto Fantástico, aka Fantastic Four, uma das minhas equipas favoritas de supers na BD.


FF (1961)#235. Na sua terceira história como escritor e desenhador do Quarteto, John Byrne não perde tempo para deslumbrar. Neste conto em duas partes, Byrne mistura um dos homens mais poderosos do mundo, que é apenas um incógnito e humilde homem de família, O Planeta Vivo de nome Ego (não a versão medíocre dos Guardiões) e, claro, o FF. Até hoje, uma das melhores histórias escritas para esta equipa, onde o autor não só nos dá uma aventura ao estilo criado por Lee/Kirby, como explora as personalidades de cada um dos membros - e o Coisa tem um dos seus grandes momentos na BD.







FF (1961)#240. John Byrne faz em apenas um único capítulo de 22 páginas o mesmo que hoje é arrastado por um evento de seis meses e 30 partes. Envolve os Inumanos, outra das brilhantes invenções de Lee/Kirby, a sua cidade e a deslocação da mesma para outro local. Tudo escrito e desenhado por um artista no ápice da sua criatividade.














FF (1961)#244. John Byrne continuava a elogiar e a evoluir a criação máxima da dupla Kirby/Lee. Desta vez, era a vez do Devorador de Mundos, Galactus, da sua derrota às mãos dos heróis da Terra, do aparecimento de um novo arauto e da preparação para uma das mais belas histórias deste autor para o Quarteto. Depois saberão qual.














FF (1961)#247. John Byrne era um assumido fã do Dr. Destino. E mais. Acreditava que muitas interpretações de outros autores estavam erradas. Byrne é conhecido pelo seu mau feitio e desbragada honestidade. Quando escrevia este vilão, não se coibia de apontar o dedo a quem achava que tinha desmerecido o maior inimigo do Quarteto. Nesta história, provava porque ele era ao mesmo tempo um adversário imponente e um monarca valoroso. Byrne acrescentava camadas de complexidade a Destino.









FF (1961)#249. John Byrne a fazer o Super-Homem antes de ir para a DC fazer o Super-Homem. O Quarteto enfrenta um proxy do Homem de Aço, numa história cheia de porrada de supers à séria, como apenas Byrne sabia fazer. Delicioso e hedonista.
















FF (1961)#252. John Byrne não só levava o Quarteto a novos voos de criatividade, como arriscava diferentes linguagens estéticas da BD. Durante vários números, o FF desaparecerá da nossa Terra para fazer jus à sua principal missão, serem exploradores do desconhecido. Vão viajar para uma outra dimensão, a Negativa, onde descobrirão outras civilizações. Este número, estruturado todo em formato deitado, é um testamento à criatividade de Byrne e ao potencial do Quarteto.










FF (1961)#257. John Byrne escreve dois números integralmente sobre dois dos maiores adversários do Quarteto. Ambos denunciam uma intenção que se estendeu ao longo de todo o seu trabalho no FF. Este número foca-se em Galactus, no seu novo arauto, a Nova, e nas consequências de Reed Richards ter poupado a vida ao Devorador de Mundos.

2 comentários:

Optimus Primal disse...

Dessa bd a 1a que li numa compilação do Homem-Aranha da foi FF (1961)#244,mas nao foi a 1a a foi uns 4 numeros antes,numa pequena cidade que saiu na serie Ouro do Cm a uns anos,nunca li todo o arco da Zona negativa.

SAM disse...

Obrigado pelo comentário.

Agora que estou a rever o FF do Byrne tenho a certeza que é uma das minhas coisas favoritas na BD. Li nas edições da Abril quando saíram, mas, há alguns anos, tive a sorte de comprar os comics originais e reli-os. É uma das minhas posses favoritas na minha colecção de BD.