Colecção Liga da Justiça da Levoir, vol. 2: O Virus Amazo de Geoff Johns e Jason Fabok



Aproveitando o lançamento do filme homónimo, a editora Levoir irá publicar uma colecção de cinco volumes deste grupo de super-heróis entre o dia 9 de Novembro e 7 de Dezembro. Aqui no Acho que Acho, porque adoramos a DC e a Liga, queremos que vocês não se sintam perdidos na História, Cosmologia e Cosmogonia da editora. Por isso, vamos tentar dar-vos um pequeno Travel Guide. A Lonely Planet que se roa.

Em 2011 a DC Comics estava em apuros. As vendas não andavam entusiasmantes. Sendo que os super-heróis são o pão que alimenta a casa, fez-se necessária uma injecção de adrenalina para espevitar os leitores a quererem ler as histórias das suas personagens. Surge o Novos 52. De uma forma nunca vista, a DC Comics reinicia do zero todo o seu universo dos homens de collants. Surgem uma batelada de números um (52, para ser exacto), mesmo para as duas mais antigas revistas da editora: Action Comics, onde, em 1938, nasceu o Super-Homem; Detective Comics onde, em 1939, apareceu o Batman.

A revista que deu o pontapé de saída a esta tão drástica "evolução" foi a da Liga da Justiça, escrita por Geoff Johns e desenhada por Jim Lee - e que a Levoir já publicou numa anterior colecção. Numa história de seis números (escrever para o Trade, como agora se gosta de fazer), as mais poderosas e relevantes personagens da editora encontraram uma razão para se juntarem. O vilão chamava-se Darkseid, o Deus do Mal, criação do eterno Jack Kirby. Os heróis eram o Super-Homem, o Batman, a Mulher-Maravilha, o Aquaman, Lanterna Verde, o Flash e o Cyborg. Os que ligam a estas coisas notam, desde logo, uma diferença: a ausência do Caçador de Marte, substituído pelo último da lista. 

Cyborg foi criado nos princípios da década de 80 por Marv Wolfman e por George Pérez como parte da equipa Novos Titãs. À altura era um adolescente transformado num ciborgue pela ciência do seu pai após ter sido vítima de um terrível acidente. Atormentado pela transformação que o desfigurou, sempre viveu consumido pelas cicatrizes que carregava - uma nova versão do Coisa da Marvel. A sequência de histórias de Wolfman e Pérez marcaria,  pela sua qualidade, uma época e uma geração. Geoff Johns terá sido um deles e decidiu, nesta reinvenção da Liga, mudar a sua já longa História e a formação original. Continuariam a ser os Big 7 mas com uma "pequena" modificação. Esta é a equipa que veremos no segundo volume desta colecção e também no filme que estreia hoje.

O adversário de O Virus Amazo também ele é uma evolução de um clássico inimigo da Liga. Amazo era um robô criado por outro antagonista, o Professor Ivo, que possuía a peculiar qualidade de duplicar qualquer super-poder. No fundo, era uma forma dos escritores contornarem o poder quase divino da Liga da Justiça: virar as suas próprias capacidades contra ela. Geoff Johns procura transformar um conceito considerado datado e adaptá-lo à paranóia do mundo moderno, para tal fazendo uso de Lex Luthor, o eterno némesis do Super-Homem, que assume um papel particularmente importante nesta história. Note-se que este volume segue-se imediatamente após a saga Mal Eterno, publicada na colecção da Levoir dedicada aos vilões da DC No Coração das Trevas. No final dessa, Lex passou a ser membro da Liga. Escusado será dizer que as tensões são mais que muitas.

(seguem previews)




5 comentários:

Victor Fragoso disse...

Que história tão fraquinha...foi pegar na fase final do Johns na JLA e escarrapacha-la em capa dura. Senhores da Levoir nem tudo o que é de Johns é ouro.

Tanta coisa boa que podia ter sido publicada em vez deste pãozinho sem sal.

Optimus Primal disse...

Esse Super era tão relevante que pouco depois morreu e voltou o pós.crise,e com Rebirth apesar de recente pouco se vai aproveitar.

"PS: A lombada é horrível. Já era tempo de se deixarem desta parolice primeiro mundista."

A lombada vende,perguntem a Salvat,de agostine,etc

SAM disse...

Obrigado aos dois pelos comentários. É sempre bom receber qq tipo de resposta aos posts.

Victor, não acho a história fraca, ainda que possa conceder que não é das minhas favoritas do Johns. Pode ser que aprecie mais a Darkseid War que é das minhas favoritas da história recente da Liga. E que achou do volume anterior? Gosta mais da fase do Morrison?

Optimus. Lombadas não é comigo, confesso. Não compro nada baseado nesse preceito. É uma questão de falar com a Levoir e fazer contar a sua opinião.

Optimus Primal disse...

Sam o problema das lombadas nao esta restrito a Levoir qualquer coleçao de banca ou livraria ja tem lombada tipo Uncanny X-Forçe g-floy,Valerian Asa Publico,toda a bd da Salvat.

SAM disse...

Optimus Primal. Imagino que o façam porque faz dinheiro, nem que seja por agora. A única forma consequente que existe de votar a favor ou contra
é através da carteira.