Corto Maltese está de volta: o novo e o velho!



Depois de, no mês de Abril,  a Arte de Autor ter apresentado obras de dois dos maiores autores de Banda Desenhada Italianos (Manara e Serpieri), chegou agora a vez de lhe confirmar que também passará a editar em Portugal o personagem Corto Maltese.

Este personagem, considerado por alguns a criação maior do autor italiano Hugo Pratt (e que foi publicado pela primeira vez na revista Sgt Kirk a 10 de Julho de 1967) comemora este ano 50 anos.

Mas 2017 é, no que refere a Pratt e a Corto Maltese, um ano de dupla efeméride, pois, se Pratt fosse vivo, completaria no próximo dia 15 de Junho 90 anos. 

Para comemorar este duplo evento, serão publicados, em simultâneo, dois livros: 

A BALADA DO MAR SALGADO, em edição cartonada, a preto e branco com capa mate e verniz cartonado; esta edição, que conta com o prefácio de Umberto Eco e um caderno introdutório com aguarelas a cores, é limitada a 1000 exemplares.

Sou o Oceano Pacífico e sou o Maior. É assim que me chamam há já muito tempo, embora não seja verdade que eu seja sempre pacífico”.  

É com esta frase que começa A BALADA DO MAR SALGADO, a obra onde surge pela primeira vez Corto Maltese. 

Estamos a 1 de Novembro de 1913, quando algures no Pacífico, entre o meridiano 155º e o paralelo 6º Sul, os primos Pandora e Cain Groovesnore são resgatados como únicos sobreviventes do naufrágio do navio “A Jovem de Amesterdão”. 

O catamarã que os resgata, tripulado por nativos, é comandado por um estranho e rude homem branco, de longas barbas e olhar sombrio a quem chamam Rasputine. Este aceita manter os dois jovens a bordo pois, aparentando pertencer a famílias abastadas, acredita que  poderão valer-lhe um avultado resgate.

Mas no seu trajecto rumo a Kaiserine, o catamarã  fará outro estranho encontro com alguém à deriva. Trata-se de Corto Maltese, um velho conhecido de Rasputine e do Monge, amarrado a uma jangada e lançado ao mar por uma tripulação amotinada.

Corto é um marinheiro sem pátria, um aventureiro que não se fixa a um território nem defende outras ideologias a não ser as suas. O barco em que navegava encalhara há alguns anos na ilha do “monge”, e ele acabou por estabelecer uma ligação à enigmática figura encapuzada. Mas embora se movimente no seio de um grupo de piratas, Corto tem um código de conduta e de honra muito próprios, que por várias vezes o oporão a Rasputine.

Corto Maltese, considerado por alguns a criação maior do autor italiano Hugo Pratt, foi publicado pela primeira vez na revista Sgt. Kirk a 10 de Julho de 1967, comemorando este ano 50 anos.

Argumento e Desenho: Hugo Pratt
Edição: Cartonada
Número de páginas: 184
Impressão: Preto e branco com prefácio a cores
Data de Edição: Maio de 2017
Editor em Portugal: Arte de Autor
ISBN: 978-989-99674-6-5
PVP: 26,95€

SOB O SOL DA MEIA NOITE, o último título assinado por Canales e Pellejero, o qual terá uma primeira edição a cores.

1915. Acabado de chegar ao Panamá acompanhado por Rasputine, Corto Maltese está novamente de partida! O destino é São Francisco e a sua Exposição Internacional onde espera encontrar um amigo de longa data, o escritor Jack London. Mas o autor de O Apelo da Selva dirige-se já para o México, a fim de efectuar uma reportagem sobre a revolução de Pancho Villa e ambos desencontram-se. Deixou no entanto uma mensagem pedindo a Corto que entregasse uma carta a uma certa Waka Yamada; esta, uma  antiga estrela de ‘saloon’ em Dawson City durante a corrida para o ouro, havia-se convertido em militante contra o tráfego de brancas no Alasca. 

Em troca de lhe fazer chegar essa carta, London promete a Corto uma nova aventura... e um misterioso tesouro!

Corto Maltese inicia assim um longo périplo pelas vastas extensões geladas do Grande Norte, numa viagem pautada por inúmeros perigos e ameaças. Porque, sob o sol da meianoite, há outros predadores que rondam para além dos lobos e dos ursos…

Criada pelos espanhóis Juan Díaz Canales e Ruben Pellejero, a obra é a primeira história do personagem Corto Maltese escrita sem a participação de Hugo Pratt, e foi inicialmente publicada em França em Setembro de 2015.

Argumento: Juan Díaz Canales
Desenho: Rúben Pellejero
Edição: Cartonada
Número de páginas: 88
Impressão: Cor
Data de Edição: Maio de 2017
Editor em Portugal: Arte de Autor
ISBN: 978-989-99674-7-2
PVP: 18,65€


Juan Díaz Canales

Nasceu em Madrid em 1972. Desde muito novo que gosta de banda desenhada. Aos 18 anos, começou a trabalhar num estúdio de desenhos animados de nome “Lápiz Azul”, onde conhece Juanjo Guarnido, com quem trava uma grande amizade. Juan continuou a viver em Espanha enquanto Juanjo é contratado pelo novo estúdio que a Disney abriu em Paris. 

Apesar da distância, começam ambos a realizar um projecto comum que obtém um êxito fulgurante: Blacksad, série da qual acabam por publicar cinco volumes e a qual obteve, em Espanha, o Prémio Nacional del Comic 2014.

Entretanto, Canales estuda Belas Artes na Universidade Complutense de Madrid, tendo decidido, em 1996, fundar a sociedade “Tridente Animación” juntamente com Teresa Valero e outros dois amigos.

Desde então, a sua actividade profissional divide-se entre a sua faceta de desenhador de pré-produção para séries de televisão e longas-metragens de animação, e a de argumentista de banda desenhada, a qual inclui obras como Los Patricios (desenhos de Gabor), ou Fraternity, (desenhos de José Luis Munuera).

Rúben Pellejero

Nasceu em Badalona (Barcelona – Espanha), em 1952. Desenhador profissional desde 1970, dedica-se à BD a partir de 1982 com a publicação de Historias de una Barcelona. Com argumento de Jorge Zentner, assina as histórias As Memórias de Mr. Griffaton e, mais tarde, FM em Frequência Modulada. Dieter Lumpen surge em 1985. Em 1996, publica O Silêncio de Malka obra que no ano seguinte obtem, em Angoulême,  o Alph’Art para o Melhor Álbum Estrangeiro. Publica ainda  L’Impertinence d’un été (com Denis Lapière) e Loup de pluie (com Jean Dufaux), antes de retomar  Corto Maltese  em parceria com Juan Diaz Canales.



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