Já são muitos anos a virar frangos. Desde os cinco anos de idade. A ler Banda Desenhada em geral e de super-heróis em particular. Começou pelo Homem-Aranha e progrediu para todos os outros. Transformou-se em mais do que um vício, que continua até hoje. Todos os meses desloco-me à minha loja de BD favorita e de lá venho com A Pilha. Alguns dos livros dessa pilha leio com mais prazer do que outros, é verdade, mas leio tudo . A lista em baixo é a deste mês.
Batman # 50 da DC Comics
Wonder Woman # 50 da DC Comics
Avengers # 07 da Marvel
Captain Marvel # 03 da Marvel
Dr. Strange # 06 da Marvel
Hercules # 05 da Marvel
Ms. Marvel # 04-05 da Marvel
New Avengers # 07-08 da Marvel
Scarlet Witch # 04 da Marvel
Spider-Man # 02 da Marvel
Spider-Man / Deadpool # 03 da Marvel
Spiderwoman # 05 da Marvel
Totaly Awesome Hulk # 04 da Marvel
Ultimates # 05 da Marvel
Weirdworld # 04 da Marvel
Amovível como as fundações do mundo
Este mês não houve Justice League (o horror! o horror!), mas continuou a versão Marvel da Liga da Justiça ao estilo Grant Morrison: os Ultimates de Ewing e Rochafort. Mês sim, mês sim é a minha primeira leitura desta editora. Continuamente, é uma BD que me diverte com ideias maiores-que-a-vida e conceitos cósmicos gradiloquentes. Neste número, os heróis decidem (literalmente) viajar para fora da realidade e aí encontram Galactus e Eternidade. Digam-me lá se não é para adorar isto?
Weirdworld de Humphries e del Mundo continua nas leituras imprescindíveis. A história e o desenho contam, de forma virtuosa e entretida, o mundo como um livro de ilustração infantil. Uma pérola de invenção e humor.
Finalmente, aplausos de pé ao número deste mês de Spiderwoman de Hopeless e Rodriguez. Com candura, humor e as doses certas de maturidade o escritor transmite a experiência de uma mãe solteira, realidade que raramente é focada na levidade pop da mitologia dos super-heróis. Mas não são só as palavras de Hopeless que estão de parabéns. É também o esplêndido trabalho gráfico de Rodriguez. Um número que é uma absoluta delícia.
Solid as a rock
Acabou este mês a já lendária run de Snyder e Cappullo no Batman. Já pouco há a acrescentar que não tenha sido dito por outros. Vigora e vigorará entre os maiores conjuntos de histórias deste septuagenário personagem. É um fim... e isso é algo que não é muitas vezes dito nestas novelas intermináveis que são as vidas dos super-heróis.
Do lado da Marvel são muitos os títulos que continuam fortes em qualidade. No canto mágico e mitológico do universo da editora continuam a destacar-se a Scarlet Witch de Robinson, Dr. Strange de Aaron e Bachalo e Hercules de Abnett e Cruz. O primeiro surpreende particularmente pois parece que vislumbro o James Robinson-escritor-de-Starman. Isso só pode augurar boas coisas. A rotatividade de artistas no título tem ajudado ao invés de prejudicar. Em oposição, a mesma equipa criativa permanece como rocha nos outras duas revistas mencionadas. Aaron e Bachalo desenham um Dr. Estranho como há décadas não se via (desde Stern/Rogers/Austin?) e Hercules é um dos maiores prazeres (não culpados) da Pilha de cada mês. Em BD de super-heróis a Marvel vence por KO a DC.
Por falar em KO, em Totaly Awesome Hulk continua o trabalho da dream-team de Pak e Cho. Este mês o mistério de como Amadeus Cho transformou-se no Hulk é descortinado, sem deixar de lado um drama futuro típico do monstro jade.
Os títulos que se seguem estão, curiosamente e a meu ver, do mesmo lado do ringue. Se lerem anteriores Vìcios do Mês percebem o meu desagrado com o actual trabalho na revista homónima do Homem-Aranha. O que acho irónico é que o molde que transformou Peter Parker no maior de todos os super-heróis está a ser aplicado não na sua revista mas no Spider-Man de Bendis e Pichelli, no Spiderman/Deadpool de Kelly e McGuiness e, curiosamente, na maravilhosa e premiada Ms. Marvel de Wilson. Querem um super-herói marginal e à moda antiga com problemas bem humanos? Basta ler as aventuras de Miles Morales em Spiderman e de Kamala Khan em Ms. Marvel. Para um Peter Parker que pareça Peter Parker sempre podem tentar o livro que emparelha-o com o agora muito famoso Deadpool, este uma espécie de Homem-Aranha misturado com o filho esquizofrénico do Wolverine e do Punisher.
Abana, abana, como na Macarena
Infelizmente, nem no número 50 da minha Diana o trabalho do casal Finch melhora. Ainda bem que aí vem Greg Rucka com Liam Sharpe e o Wonder Woman: Earth One de Morrison e Paquette. É a única coisa que se me oferece dizer.
Imagino que não seja o único fã de Comics que não morre de amores por histórias que aparecem no meio de uma run que acompanhamos e que cruzam com outros títulos. Obriga (a quem não tem mais onde gastar o dinheiro) a comprar livros que não tem interesse em comprar. Sim, faz parte da novela mas não tenho de gostar. É por isso que Avengers e New Avengers estão tão baixo na Pilha deste mês. Como diz o outro, não havia necessidade. Ainda se a história valesse a pena...
Finalmente, a Captain Marvel de Fazekas/Butters/Anka não tem oferecido muito mais que uma generalíssima história sem golpe de asa. A continuar assim, desce de divisão e é expulso (sim, eu sei que a metáfora não é feliz mas deem-me um desconto que não gosto de futebol).
Finalmente, aplausos de pé ao número deste mês de Spiderwoman de Hopeless e Rodriguez. Com candura, humor e as doses certas de maturidade o escritor transmite a experiência de uma mãe solteira, realidade que raramente é focada na levidade pop da mitologia dos super-heróis. Mas não são só as palavras de Hopeless que estão de parabéns. É também o esplêndido trabalho gráfico de Rodriguez. Um número que é uma absoluta delícia.
Solid as a rock
Acabou este mês a já lendária run de Snyder e Cappullo no Batman. Já pouco há a acrescentar que não tenha sido dito por outros. Vigora e vigorará entre os maiores conjuntos de histórias deste septuagenário personagem. É um fim... e isso é algo que não é muitas vezes dito nestas novelas intermináveis que são as vidas dos super-heróis.
Do lado da Marvel são muitos os títulos que continuam fortes em qualidade. No canto mágico e mitológico do universo da editora continuam a destacar-se a Scarlet Witch de Robinson, Dr. Strange de Aaron e Bachalo e Hercules de Abnett e Cruz. O primeiro surpreende particularmente pois parece que vislumbro o James Robinson-escritor-de-Starman. Isso só pode augurar boas coisas. A rotatividade de artistas no título tem ajudado ao invés de prejudicar. Em oposição, a mesma equipa criativa permanece como rocha nos outras duas revistas mencionadas. Aaron e Bachalo desenham um Dr. Estranho como há décadas não se via (desde Stern/Rogers/Austin?) e Hercules é um dos maiores prazeres (não culpados) da Pilha de cada mês. Em BD de super-heróis a Marvel vence por KO a DC.
Por falar em KO, em Totaly Awesome Hulk continua o trabalho da dream-team de Pak e Cho. Este mês o mistério de como Amadeus Cho transformou-se no Hulk é descortinado, sem deixar de lado um drama futuro típico do monstro jade.
Os títulos que se seguem estão, curiosamente e a meu ver, do mesmo lado do ringue. Se lerem anteriores Vìcios do Mês percebem o meu desagrado com o actual trabalho na revista homónima do Homem-Aranha. O que acho irónico é que o molde que transformou Peter Parker no maior de todos os super-heróis está a ser aplicado não na sua revista mas no Spider-Man de Bendis e Pichelli, no Spiderman/Deadpool de Kelly e McGuiness e, curiosamente, na maravilhosa e premiada Ms. Marvel de Wilson. Querem um super-herói marginal e à moda antiga com problemas bem humanos? Basta ler as aventuras de Miles Morales em Spiderman e de Kamala Khan em Ms. Marvel. Para um Peter Parker que pareça Peter Parker sempre podem tentar o livro que emparelha-o com o agora muito famoso Deadpool, este uma espécie de Homem-Aranha misturado com o filho esquizofrénico do Wolverine e do Punisher.
Abana, abana, como na Macarena
Infelizmente, nem no número 50 da minha Diana o trabalho do casal Finch melhora. Ainda bem que aí vem Greg Rucka com Liam Sharpe e o Wonder Woman: Earth One de Morrison e Paquette. É a única coisa que se me oferece dizer.
Imagino que não seja o único fã de Comics que não morre de amores por histórias que aparecem no meio de uma run que acompanhamos e que cruzam com outros títulos. Obriga (a quem não tem mais onde gastar o dinheiro) a comprar livros que não tem interesse em comprar. Sim, faz parte da novela mas não tenho de gostar. É por isso que Avengers e New Avengers estão tão baixo na Pilha deste mês. Como diz o outro, não havia necessidade. Ainda se a história valesse a pena...
Finalmente, a Captain Marvel de Fazekas/Butters/Anka não tem oferecido muito mais que uma generalíssima história sem golpe de asa. A continuar assim, desce de divisão e é expulso (sim, eu sei que a metáfora não é feliz mas deem-me um desconto que não gosto de futebol).
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