Quantas vezes preciso repetir-me para vocês, finalmente, se perguntarem: se ele não acha a série nada de especial porque é que continua a lê-la? Eu tenho a certeza que qualquer fã de BD de super-heróis que se preze sabe responder a esta questão: porque, às vezes, tem mesmo de se saber o que vai acontecer. É um desejo incontornável e incontrolável de saber o que se passa a seguir. Do que pode de tão monumental acontecer que o universo dos nossos personagens favoritos irá ficar tão diferente. Porque, apesar de refilarmos e refilarmos, muitas são as vezes que as editoras de BD (a DC Comics, neste caso) conseguem levar-nos à certa, a ler aquilo que, no coração dos nossos corações, sabemos que não vai ter qualidade ou, pior, não vai levar a lugar nenhum. Para efeitos de honestidade, acho que Convergence vai levar a um lugar, sim. Finalmente, vamos assistir ao regresso "definitivo" de versões de personagens queridos há muito desaparecidos. Que os universos pré-Crise, pré-Flashpoint, pré-Hora Zero, os Tangent, os dos Vampiros, irão regressar em toda a sua glória, como se nada tivesse ocorrido. Não que a obra de Morrison, Multiversity, já não o tivesse feito. Não que a futura Darkseid War de Geoff Johns e Jason Fabok na Justice League já não admitisse esse regresso. Mas estes dois meses de Convergence fizeram outra coisa, como já o disse em posts anteriores. Com esta série voltaram personagens e universos que muitos fãs (os mais antigos) ansiavam. Vamos ver se ficam.
A série principal continua no mesmo registo, ainda que estejamos numa fase assumida de, como diz o povo, "encher chouriço". Provavelmente, poderiam ter resolvido a história em menos números mas é necessário cumprir o calendário dos dois meses - a editora DC está a mudar-se da costa Este para costa Oeste dos EUA e necessitou suspender a sua programação regular e Convergence ajuda a preencher o tempo morto.
As minisséries auxiliares, como não me canso de repetir, são o verdadeiro atractivo do evento e têm de tudo um pouco. Concluem, esta semana, as que envolvem os personagens pré-Crise da famosa Terra-1 (querem mesmo que explique? Leiam este post, por favor). Destaco: Hawkman, que conclui em alta o que já na semana passada era bastante bom; The Adventures of Superman, com um enfoque bastante saudosista à Supergirl pré-Crise e pré-sacrifício-que-salva-o-multiverso; Superboy and the Legion of Super-Heroes, que procura dar uma volta mais humanista à história principal, aliás algo que ocorre em mais números desta semana; Swamp Thing, que, depois de um número anterior fraco, consegue justificar o regresso do criador do personagem, Len Wein, e os desenhos do bem escolhido Kelley Jones; Wonder Woman, que apesar de não ter o desenhista do número um, oferece-nos um final amargo e trágico ao personagem, um pouco em contra-corrente com o evento. No número do Flash, apesar de não ser um história particularmente bem contada, ocorre um apontamento que poderá (ou não) ter relevância para toda a série ou para futuros eventos. Os fãs atentos irão, provavelmente, achar curioso, principalmente depois de terem notado o pequeno anacronismo do número anterior. É esperar!
Na próxima semana acaba e, finalmente, vamos poder ver se estas histórias levarão a algum lugar satisfatório.
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