Ontem, um amigo que há muito não lê BD afirmou ser "um homem Marvel". De seguida, na brincadeira, repetiu-me a pergunta e, sem pensar nenhuma outra vez e muito para minha surpresa respondi (eu que não gosto de trincheiras) "eu sou DC". Apesar de o Homem-Aranha continuar a ser aquele que me introduziu à BD, as publicações da Abril abriram-me as portas para esse multiverso maravilhoso e desconhecido da DC Comics que seria o meu favorito durante mais de duas décadas.
Já aqui publiquei três artigos sobre a minha recente relação com a editora. Se tiverem curiosidade sempre os podem ler: este é o primeiro; o segundo; o terceiro.
Agora, porque estou eu (sempre) a voltar ao assunto? Porque é que, apesar de ser usado e abusado, regresso feito um cordeirinho? Parte da culpa é de Grant Morrison, o escritor louco escocês que, recentemente, anunciou a publicação da à muito esperada série Multiversity e, para o efeito, colocou na internet a seguinte imagem.
(vejam o Descobrir as Diferenças que ainda a semana passada postei sobre esta mesma imagem)

De um puxão a DC continuou a aproximar-me dela. Depois disso a paixão tem voltado de forma lenta mas segura. Houve o anúncio que Grant Morrison iria finalmente publicar a sua série Multiversity, onde irá não só finalmente revelar várias Terras do multiverso DC (que não é infinito mas antes composto por 52 universos), como também a macro-tapeçaria sobre a qual está desenhada a cosmogonia da editora. Sim, porque o mapa acima publicado reúne os mais interessantes e dispares aspectos da mitologia que os vários escritores e desenhistas construíram (quase de graça) para DC ao longo de 75 anos. Porque os estrutura, de uma forma ao mesmo tempo limpa e imaginativa, fazendo algo que os fãs de BD adoram, uma organização. E porque, acima de tudo, abre espaço para mais imaginação e boas histórias.
Existiu ainda a revelação de que, em Abril do ano que vem, será publicado um outro evento, um que se desenvolve a partir não só da revelação final da série Forever Evil, como de três séries semanais que começaram recentemente a ser publicadas - e todas acabam em Março de 2015. Mas o mais importante sinal da importância deste misterioso evento não é nenhum destes factos. É que Abril de 2015 marca o 30.º aniversário da publicação da Crise nas Terras Infinitas e os fãs da DC sabem que isso não pode ser coincidência. Portanto, DC... conseguiste! Não só com boas histórias - já que, sem isso, não há promessa de Crise que me traga de volta - mas também com nostalgia. Tens-me de volta e, pelo menos, com esperança que regresses à tua antiga forma.
(Querem saber duas teorias minhas? Nota, isto só interessa aos fãs de BD:
Primeira: e se o personagem que misteriosamente ajuda o Anti-Monitor fosse o Flash Reverso da DC pré-Novos 52?
Segunda: será que duas das 52 Terras do multiverso "criado" por Morrison não serão dedicadas aos universos da TV e Cinema? Seria uma forma interessante de criar uma coesão que tanto é apreciada)
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