(Prometo tentar informar aos menos conhecedores de BD acerca
da acessibilidade desta coleção, ou seja se é fácil ou não ler sem saber muito
mais coisas)
Grau de
acessibilidade: Fácil
Sai Sexta-feira, dia 20 de Dezembro, junto com jornal
SOL e custa 8,9€
Os próximos dois volumes desta coleção da Levoir incluem uma saga envolvendo a
famosa Liga da Justiça, a mais importante
equipa de super-heróis da DC Comics, aquela
que reúne nas suas fileiras o Super-Homem,
Batman, Mulher-Maravilha, Flash, Lanterna Verde, entre muitos outros. Em
suma, a coleção completa dos variados arquétipos que compõe a mitologia do panteão
dos super-heróis. Esta história faz parte daquela coleção de contos publicados
por esta editora e que caem fora da continuidade regular do Universo DC, um
mundo onde os diferentes criadores envolvidos podem dar (ainda mais) aso à sua
imaginação e dirigir os diferentes personagens por caminhos que, de outra
forma, seriam difíceis de trilhar. Chamou-se a isto Elseworlds e já teve um volume publicado nesta coleção com o Batman. Contudo, este Justiça não é um Elseworlds no sentido mais clássico do termo, antes pode
considerar-se como a realização do sonho de um conjunto de autores, que reproduzem
em história e desenho desejos de infância, como se estivessem a brincar com os
bonecos da DC que colecionaram.
Esta saga em dois volumes é um verdadeiro “sonho
molhado” de qualquer fã de super-heróis, pois não só reúne, numa única história, os maiores heróis da DC mas também
os seus maiores antagonistas, uma verdadeira coleção de seres do Mal, alguns
dos melhores dos piores que a BD americana tem para oferecer. Por aqui vão
passar Lex Luthor, Joker – estes já todos conhecem -, Brainiac, Bizarro, Metallo, Gorilla Grodd, Cheeta, Sinestro, etc., e
se estes últimos são desconhecidos ou mesmo estranhamente ridículos, não se
iludam. Nestes nomes estão seres que vergariam o Diabo. No conflito titânico
contido nestas páginas, estamos defronte de algo verdadeiramente mitológico,
pois estão aqui reunidos os melhores dos melhores e os piores dos piores,
confrontando-se na escala universal e ao som do trovão.
A orquestrar este conflito capaz de romper os céus
estão Alex Ross, Jim Krueger e Doug
Braithwaite, três criadores cujo recente modus operandi é exatamente este: reunir o que de melhor e maior as
editoras de super-heróis oferecem e destilá-lo num macro conto para o qual o
cinema necessitaria de um orçamento proibitivo para produzir. Alex Ross, especificamente, ficou bastante
conhecido na década de 90 com dois maravilhosos trabalhos, Marvels (para a Marvel) e
Kingdom Come (para a DC e editado em Portugal pela Vitamina BD), dessa feita ao lado de
dois brilhantes escritores, Kurt Busiek
e Mark Waid, respectivamente. A partir
daí, celebrizou-se a trabalhar para estas duas editoras e num projeto com Busiek, Astro City, tornando-se num dos mais queridos e procurados
criadores da BD americana.
Nota – Não partilho da
opinião que tem de se saber tudo para acompanhar bem uma história. Parte da
“magia” da BD americana reside na descoberta posterior, na paciente
reconstrução do puzzle. Mas para aqueles que não têm tempo e paciência aqui
fica este meu pequeno esforço.
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