Colecção DC Levoir/Público – 6.º Volume: Mulher-Maravilha

(Prometo tentar informar aos menos conhecedores de BD acerca da acessibilidade desta coleção, ou seja se é fácil ou não ler sem saber muito mais coisas)
Grau de acessibilidade: Médio para o Fácil

Sai amanhã, Quinta-feira, dia 15 de Agosto, junto com Público e custa 8,9€


E cá está, um volume com um dos meus personagens favoritos de BD. Sim, sem dúvida entre os 3 primeiros. Um dos mais esquecidos, negligenciados e subaproveitados da galeria à disposição da DC Comics, com um legado tão volumoso quanto o do Super-Homem ou do Batman mas, infelizmente, não tão rico em histórias. Não foram muitos os autores que conseguiram minar o seu enorme potencial e, neste volume, estão representados os dois maiores expoentes: George Pérez e Phil Jimenez

Ambos conhecidos por serem excelentes desenhistas, que agarraram num personagem que claramente amam e o exploraram ao ponto de se tornarem referência obrigatória no historial da mais famosa de todas as super-heroínas.

Em 1986, Pérez, à semelhança de Frank Miller com o Batman e John Byrne com o Super-Homem, re-imaginou Diana de Themyscira (o verdadeiro nome deste ícone), alicerçando-a num mundo que excede o dos super-heróis e antes transporta-se para o da preservação da paz pela palavra e menos pelo punho. Diana é uma menina-deusa,  inocência no olhar, que se desloca à Terra para nos reensinar os preceitos da cultura que é seu berço (e o nosso), a grega. Essa é a Mulher-Maravilha de Pérez, seguida, emulada e homenageada por Jimenez.

Contudo, o conto principal deste volume foi feito anos depois da obra destes dois autores e é escrita por um conhecido nome do argumento de TV, Allan Heinberg, e desenhada por um dos reis da “good-girl art” ou “pin-up art”, Terry Dodson. Conta o regresso da heroína, depois de um ano de ausência, reintegrando o mito num mundo desesperadamente à sua procura. Não se trata de um dos melhores exemplos de histórias protagonizando a heroína (já perceberam para que lado eu pendo) mas é uma excelente apresentação da sua mitologia. Pode ser que, depois deste, se sintam inspirados a procurar no site da Amazon a Wonder Woman de Pérez e de Jimenez.
Nota final –Não partilho da opinião que tem de se saber tudo para acompanhar bem uma história. Parte da “magia” da BD americana reside na descoberta posterior, na paciente reconstrução do puzzle. Mas para aqueles que não têm tempo e paciência aqui fica este meu pequeno esforço.

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