A carreira deste Dr. natural de
Nova Orleães está longe de ser imberbe. Iniciou-se pelos caminhos do Rythm & Blues na década de 60, mas atingiu o reconhecimento nos anos 70 quando
ficou conhecido por fundir a sua música com psicadelismo e práticas Voodoo. O seu nome artístico provém,
inclusive, de um praticante do século XIX, sendo o músico particularmente
inspirado pela variante Voodoo da sua
cidade natal.
Em 2012 regressou com este Locked Down, ajudado por Dan Auerbach, guitarrista e vocalista dos
The Black Keys, que não só produziu
como ajudou na guitarra. O LP continua a senda Blues, património essencial da Americana
em geral e de Nova Orleães em particular, uns dos mais importantes estilos contemporâneos,
(supostamente) nascido no fim do século XIX e que, basicamente, originou a
maior parte da música popular dos 110 anos que se seguem. Nada como um pouco de
História para apreendermos melhor o presente, e quando os pais desta História
dos Blues são melhores que muito dos
seus descendentes, como neste Locked
Down, então só podemos esperar por um futuro luminoso.
THEESatisfaction – “…Loves Anita Baker” Mixtape
Uma mixtape relâmpago, um conjunto de 5 canções de não mais que 7 minutos no total, uma colecção episódica de retalhos de música que inspira o duo feminino natural de Seattle, EUA, que escolheram homenagear uma das grandes vozes do cancioneiro norte-americano. O primeiro longa duração do duo saiu em 2012, awEnaturelE (delicioso trocadilho), e estamos a falar de naturais e merecidas descendentes da História Blues e R&B. Cabin Fever Sweet Love é um dos melhores temas da mixtape, preenchendo os espaços vazios do silêncio com as vozes límpidas e reverberantes de Catherine "Cat" Harris-White e Stasia "Stas" Iron, vocalista e rapper, respectivamente (não que rapper não seja também vocalistam, que fique bem claro).
Caspian – “Waking Season” LP
Grupo post-rock (rock de cariz essencialmente instrumentista) de Berverly, Massassuchets, lançou em 2012 este 3.º longa duração, sucedendo a The Four Trees e Tertia. Som caracterizado por longas diatribes instrumentistas que espraiam-se pelas guitarras, baixos e baterias tão típicos do som Rock tradicional, os Caspian conseguem alguma da solenidade inerente a um concerto de música clássica, mas com sonoridade herdeira de nomes como Pink Floyd, os primeiros Genesis ou os Yes (sempre sem a voz). Existe calma e paciência no fabrico das músicas que se desenvolvem como um tratado anti-canção-pop-dos-3-e-qualquer-minutos-bons-para-o-rádio. Para uma audição sem urgência.
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