À CIGARRA
(Ode Anacreôntica)Eu te invejo, ó cigarra,
quando, no topo das árvores,
bebendo um pouco de orvalho,
cantas como um rei!
Teu é tudo o que rebenta,
tudo o que avistas nos campos,
e tudo o que cria a floresta.
Amiga és dos lavradores,
e mal ninguém te faz.
Honrada és pelos mortais,
doce arauto do Verão.
As Musas te amam,
ama-te Febo em pessoa,
pois deu-te o poder do canto.
Não te molesta a velhice.
Sábia filha da Terra, do canto amiga,
nem sofres, nem tens carne nem sangue,
quase te igualas aos deuses.
GRÉCIA
(data desconhecida)
Trad.: Maria Helena Da Rocha Pereira
"ROSA DO MUNDO
2001 POEMAS PARA O FUTURO"
ASSÍRIO & ALVIM
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