Colecção No Coração das Trevas DC - Hoje no Público!


Os que me conhecem sabem da paixão que nutro pelos personagens da DC Comics. Para os que não sabem do que falo (quase todos, sem dúvida), refiro-me à editora dos EUA que detém no seu catálogo os super-heróis originais: o Super-Homem; o Batman; a minha favorita, Diana, Princesa de Themyscira, a Mulher-Maravilha. Existe algo de verdadeiramente primordial e arquetípico nestes personagens que, sem vergonha, assumem o ridículo, o épico e o mítico que corporizam e representam. Há algo de inerentemente embaraçoso quando um personagem refere-se a si mesmo como Super ou Maravilhoso. Mas, ao mesmo tempo, este produto do tempo em que foi criado, transporta-se para os dias de hoje com vigor e altivez. Sim... é O Super-Homem e A Mulher-Maravilha. Têm algo contra isso?

Hoje em dia, por mérito dos criadores, muitos dos conhecem ou ouviram falar de super-heróis, gravitam para a Marvel. A percebida e merecida humanidade que lhes colamos é um dos seus grandes fortes. Por seu lado, os da DC são percebidos como defensores de valores antiquados de bondade maniqueísta. Em palavras menos elaboradas, o Super-Homem é visto como um canastrão que salva gatinhos de árvores e que tem a complexidade emocional de uma folha de papel em branco. Nada pode estar mais longe da verdade, como 75 anos de histórias e artistas podem atestar. 

Os personagens da DC parecem máquinas ultra-oleadas para o Bem, deuses de um panteão moderno, mitologias modernas aptas à idolatria. Contudo, a sua profundidade não fica-se por aí. São personalidades complexas já exploradas até à exaustão. O Batman permanece como uma força por ele mesmo, gerando livros, filmes, séries, que exploram a mais trágica história da BD de super-heróis. A Mulher-Maravilha, que, concedo, é mais conhecida que lida, é um dos mais interessantes paradoxos da literatura da 9.ª Arte.

Não deixam de ser super-heróis e, em última análise, defensores incansáveis do Bem. Apesar de tudo o que acima referi, os da DC são exemplos acabados desta pureza: pela força do arquétipo e das personalidades que lhes foram desenhadas. Ora, para fazer frente a estes heróis são necessários adversários que sejam mais que antagonistas. Terão de ser representantes das trevas, Mal em forma física. Terão de suplantar os limites da concepção humana e representar o inimaginável. Caos em estado selvagem.  A matéria de que o abismo é feita. Estes são os vilões da DC Comics, alguns tão conhecidos e importantes na cultura popular quanto os heróis que enfrentam. 

A colecção que começa hoje no jornal Público com a chancela da Levoir, foca-se exactamente nestes corações de trevas. Os vilões da DC são muito mais que adversários uni-dimensionais para os heróis derrotarem. E, como fã da editora, convido-vos a experimentarem. Mas com cuidado. Poderão sair desta colecção com menos esperança no ser humano.

Os volumes a sair são os seguintes:

1.   Joker - O Príncipe Palhaço do Crime - 09/Mar
2.   Sinestro - A Guerra do Corpo Sinestro 1 - 16/Mar
3.   Sinestro - A Guerra do Corpo Sinestro 2 - 23/Mar
4.   Catwoman - O Grande Golpe de Selina - 30/Mar
5.   Esquadrão Suicida - Disciplina e Castigo - 06/Abr
6.   Joker e Harley Quinn - Amor Louco - 13/Abr
7.   Super-Homem e Apocalipse - Caçador e Presa - 20/Abr
8.   Joker - Asilo do Joker - 27/Abr
9.   Universo DC - Mal Eterno 1 - 04/Mai
10. Universo DC - Mal Eterno 2 - 11/Mai




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