Banda Desenhada. Porque vale a pena ler e ler e ler...

The Unwritten de Mike Carey e Peter Gross

Já aqui o disse. A editora Vertigo, imprint da gigante DC Comics, publica alguma da melhor, senão mesmo a melhor, Banda Desenhada do mundo. “The Unwritten”, de Mike Carey e Peter Gross, promete, após a leitura do seu primeiro volume intitulado “Tommy Taylor and the Bogus Identity”, ser mais um tiro certeiro de Karen Berger, Editora Executiva da Vertigo.
A história é ao mesmo tempo familiar, estranha e estranhamente familiar (se calhar como todas as histórias o deverão ser).

Existe um rapaz, Tommy Taylor, cujo pai, proeminente escritor de literatura fantástica, tornou-se mundialmente conhecido pela edição das aventuras de Tommy Taylor. Sim, o pai usou o nome e personalidade de seu filho para inspirar a criação de um personagem fictício, que se movimenta e tem aventuras num mundo curiosamente similar aquele de “Harry Potter” (percebem agora a referência do título do primeiro volume?). Até agora tudo (mais ou menos) bem! Mas acontece que provavelmente o pai de Tommy não escreveu os livros. Provavelmente o próprio filho fê-lo por ele. Mas não da forma que estariam à espera. Acontece que, provavelmente (reparem no facto de escrever esta palavra pela terceira vez!), Tommy viveu mesmo aquelas aventuras e o pai nada mais fez que as relatar, qual Hérodoto.

Esta é a original premissa desta nova saga da parelha Mike Carey e Peter Gross (que colaboraram já na saga de Lúcifer. Sim, esse eterno adversário de Yaweh, o sofisticado portador da luz da manhã).

Mas este primeiro volume não se fica por aqui. O último capítulo abre as portas para um enredo e mistérios ainda mais envolventes. De repente, parece que o pai de Tommy, desaparecido à vários anos, teria algo em comum com Mark Twain e Ruyard Kipling. Assim abre-se o livro para os Livros, para os autores dos livros, para as histórias e para o seu poder e a sua Verdade. Porque “The Unwritten” fala de personagens de livros mas também dos criadores desses livros. De uma forma conhecedora a apaixonada.

O primeiro passo nesta jornada que promete ser longa (assim o espero), deliciosamente deixa antever apenas o essencial, de modo a captar o atenção. Eu, por mim, estou neste autocarro até à última e derradeira paragem.

2 comentários:

Nuno Amado disse...

Já tinha investigado este título e fiquei bastante curioso em relação ao curso que a estória iria tomar!
Vou esperar "sentado" pela edição que irá um dia compilar os dois primeiros volumes, enfim... papel melhor, capa dura, etc, etc,...
:D

Abraço

SAM disse...

Fazes bem!

Mas olha que, estranhamente, o papel desta edição já é o do melhor!

:-)