Banda Desenhada. Porque vale a pena ler e ler e ler...

Pax Romana de Jonathan Hickman

Eu acho que existem tipos de histórias que funcionam apenas em BD. A premissa pode ser de tal modo extravagante que apenas a fusão entre narrativa em prosa e sequência de desenhos permite que ela respire e seja aceite com naturalidade. Acho que é esse o caso de Pax Romana, BD independente americana publicada pela editora IMAGE.

O conceito é tudo menos simples. Num futuro próximo é disponibilizado ao Vaticano uma evolução tecnológica estrondosa: uma máquina do tempo (Não é deliciosa a ironia?). Na posse desta ferramenta, o Vaticano procede da forma mais humana possível: convocar um grupo de fiéis para viajar para o passado (para a época romana e alguns anos depois de Cristo) e, deste modo, moldar o presente e o futuro a seu bel-prazer. Contar mais é, pura e simplesmente, arruinar um dos prazeres que fervorosamente defendo: a surpresa do virar as páginas a um bom livro.

Este não é um livro de explosões e combates épicos (os que ocorrem são céleres e decisivos). Este é um livro de intriga palaciana, de decisões maiores que o tempo e o mundo porque do tamanho do tempo e do mundo, de humanidade quando se actua em palcos dedicados exclusivamente a deuses. É um livro de invulgar conceito e vulgar mensagem. Porque sempre que falamos de homens que mais poderemos esperar deles senão ser o que são...humanos?!

1 comentário:

Nuno Amado disse...

Já ouvi falar dessa abordagem, e adorei o conceito! Pax Romana está na minha "wishlist" já há algum tempo, mas de certeza que irá parar à minha estante!

Abraço