Vício do mês, versão Junho de 2016!





Já são muitos anos a virar frangos. Desde os cinco anos de idade a ler Banda Desenhada em geral e de super-heróis em particular. Começou pelo Homem-Aranha e progrediu para todos os outros. Transformou-se em mais do que um vício, que continua até hoje. Todos os meses desloco-me à minha loja de BD favorita e de lá venho com A Pilha. Alguns dos livros dessa pilha leio com mais prazer do que outros, é verdade, mas leio tudo . A lista em baixo é a deste mês.

Batman #52 da DC Comics
DC Universe Rebirth #01 da DC Comics
Justice League #50 da DC Comics
Wonder Woman #52 da DC Comics
Avengers #09 da Marvel
Civil War II# 0  da Marvel
Dr. Strange #08 da Marvel
Karnak #04 da Marvel
Ms. Marvel #07 da Marvel
New Avengers #11 da Marvel
Scarlet Witch #06 da Marvel
Spider-Man #04 da Marvel
Spider-Man / Deadpool #05 da Marvel
Ultimates #07 da Marvel
Weirdworld #06 da Marvel

Preciiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiso!


Quando as coisas correm bem, nós, portugueses, temos dificuldade em falar delas. Estamos bem é a falar mal, a esgravatar o que "não está como deve de ser!". Somos mestres na arte do mal-dizer, ao ponto de, como o faço agora, escrever ironicamente sobre a maledicência. Essa é outra das nossas armas de destruição fraca chichas: a ironia. Os Gatos Fedorento, quando tiveram um programa ao estilo The Daily Show with Jon Stewart, escolheram fazer as entrevistas a figuras públicas não com a arte do confronto directo, como faria o nova-iorquino que copiavam, mas através do double-entendre. Escusado será dizer que o resultado não foi o mesmo. São maravilhosos nos sketches (onde aplicam ironia e nonsense) mas na entrevista não tanto (lá estou eu a dizer mal! maldita herança). 


Para quê esta introdução? Para nada. Ou será que para alguma coisa? Da Pilha deste mês, já aqui destaquei a maravilha que foram DC Universe RebirthJustice League, dois prazeres tão grandes que mereceram um post apenas e só para eles. 


Aqueles dois livros são do lado da editora DC Comics, a minha eterna (e trágica) favorita. Do lado da Marvel, tenho uma repetente, Ultimates (será esta a minha BD favorita do ano, no que à Pilha diz respeito?) e duas novas entradas: a da maravilhosa Ms. Marvel  e de Civil War II. Já falei tanto de Ultimates em edições anteriores que este mês vou deixá-la sossegada - acreditem apenas que a adoro. A Ms. Marvel tem sido uma repetida surpresa. A editora parece escrever a versão século XXI do Homem-Aranha  e digo-o sem ironias e apenas com os mais elevados elogios. Kamala Khan partilha do código genético de Peter Parker, muito para além da aliteração, e isso é maravilhoso. Um verdadeiro prazer todos os meses.


Civil War II foi a surpresa agradável deste mês. O que poderia ser (e é) um produto mercantilista, acaba por revelar-se uma história com doses saudavelmente equilibradas de entretenimento e qualidade. Tudo deve-se ao trabalho de Bendis e Coipel que, a continuar assim, poderão originar uma Guerra Civil bem melhor que a primeira de Millar e McNiven (o que, a meu ver, não é muito complicado).


Adooooooooooooooooooooooooro!


A consistência é dos melhores elogios que posso fazer nestas coisas da Pilha. Ler floppies (o nome que os americanos deram a estas revistinhas mensais) é sempre um mixed-pleasure. Podemos correr o risco de, em determinados meses, a qualidade descer vertiginosamente e não representar a global do trabalho - e vice-versa. Ora, mês após mês, o trabalho dos artistas que estão por detrás de Dr. Strange, Batman, Spider-Man (versão Miles Morales), Spider-Man/Deadpool e Weirworld é elevado e capaz do melhor entretenimento. Contudo, este mês existe também um lado agridoce. Weirdworld foi cancelado com o seu sexto númeropresumo que devido a baixas vendas. Uma verdadeira pena já que o trabalho de Humphries e Del Mundo era superlativo e esta tem sido uma revista verdadeiramente diferente daquelas que as duas grandes editoras estão habituadas a publicar.


MEH!


Do lado menos privilegiado da minha Pilha, tenho a destacar dois desapontamentos que, a continuarem assim, poderão sair para fora das compras:  Avengers  e  New Avengers. Apesar de alguns números bastante interessantes, a fractura protagonizada em capítulos anteriores  por uma história transversal a estes e outros títulos quebrou parte do momento e do entusiasmo. Ao contrário do que é esperado pela editora, estes desvios à programação normal funciona ao contrário, no que a mim diz respeito: fico desinteressado. É esperar pela recuperação nos próximos meses.


Fiquei também com pena de Scarlet Witch que, ao contrário de capítulos anteriores, teve um número abaixo da média a que habituou-me. A minha Wonder Woman assinala, com o seu número 52, o fim de uma era e espera-se que o trabalho que se segue, o do triunvirato Rucka/Sharp/Scott, consiga devolver glória à minha Diana. Tenho de sublinhar o trabalho do nosso desenhista Miguel Mendonça neste último capítulo e apenas posso desejar as maiores felicidades ao artista que enalteceu as ultimas palavras de Meredith Finch na Princesa Amazona. 


Finalmente, Karnak que este mês desce em muito de qualidade e volta a coloca-lo sob a ameaça da foice. Porque é o escritor Warren Ennis ainda lhe dou mais umas quantas hipóteses. 

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