Saído do mar, tenho no peito outro mar,
Ainda mais funesto que o primeiro.
E também neste Neptuno
Nunca deixa de ameaçar.
Deus feroz! Ao menos diz-me:
Se tão próximo está do naufrágio
O meu coração, que cruel destino
O impede agora de naufragar.
In Idomeneo, segundo acto, cena III. (versão de concerto)
Este é, na minha opinião, o mais sublime trecho do libreto desta ópera séria de Mozart, da pena de Giambattista Varesco.
Idomeneo volta a Creta após longa ausência, quando é confrontado com uma grande tempestade. Num momento de desespero, causado pelo naufrágio eminente da sua frota, promete a Neptuno sacrificar a primeira pessoa que visse se chegasse à praia são e salvo. Aflito com a sorte de Idomeneo aí está Idamante, seu filho.
Uma bela história de amor, desgosto, aventura, coragem, honra, ciúme, medo, fidelidade, arrependimento, condimentada com uma música genial. Uma ópera a não perder.
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