Os críticos têm dificuldade em incluir as emoções na sua análise? Será que, para rever um filme, terão de se cingir à razão objetiva? E os espectadores? Esses têm apenas que se sentir emocionados, de gostar ou não? Será que uma forma de ver é "melhor" que a outra? Mais esclarecida? Mais verdadeira? Bohemian Rhapsody dá uma das respostas a estas questões. Freddie Mercury, os Queen, Bryan Singer, Rami Malek, e restante equipa ajudam.
O tema deste filme não é segredo para ninguém. Trata-se de um relato biográfico do nascimento do grupo de rock Queen e, principalmente, do percurso do seu carismático e lendário vocalista, Freddie Mercury, uma das maiores e mais queridas figuras da música e dos tempos modernos.
Este é um filme decidido pela emoção. Deve ser apreciado em todo o esplendor de um ecrã de cinema, porque não só a música a isso se empresta, como também a personalidade maior-que-a-vida de Mercury é combustível para o sentimento. A interpretação de Rami Malek estica-se a dobra-se para colar-se à pessoa que foi este intemporal vocalista, numa prestação que já lhe valeu vários prémios e que busca o derradeiro e maior, o do Óscares. Mas é na manipulação inteligente da História dos Queen e de Freddie que este filme consegue alguns dos seus maiores predicados. Não sabemos se as coisas se passaram exactamente como aqui relatadas (claro que não se passaram), mas a história é arquitectada de forma a criar uma narrativa e mensagem que se entrelaça com a vida destas pessoas. Uma mensagem que acaba por ser positiva e até doce. Mercury é veiculado (e ainda bem) como forte artisticamente, mas frágil e bondoso de personalidade. Um homem à mercê, ao mesmo tempo, de quem mais ama e de quem o quer apenas explorar. Esse ponto de vista é inesperado e bem-vindo.
Bryan Singer é um realizador mais do que competente na gestão de todos estes elementos, sem ser extraordinário. O filme é todo ele da personalidade de Mercury, da música dos Queen (que é abundante e ainda bem) e da interpretação camaleónica de Malek. Ver Bohemian Rhapsody é como ir a um concerto e isso é um elogio.
Este é um filme decidido pela emoção. Deve ser apreciado em todo o esplendor de um ecrã de cinema, porque não só a música a isso se empresta, como também a personalidade maior-que-a-vida de Mercury é combustível para o sentimento. A interpretação de Rami Malek estica-se a dobra-se para colar-se à pessoa que foi este intemporal vocalista, numa prestação que já lhe valeu vários prémios e que busca o derradeiro e maior, o do Óscares. Mas é na manipulação inteligente da História dos Queen e de Freddie que este filme consegue alguns dos seus maiores predicados. Não sabemos se as coisas se passaram exactamente como aqui relatadas (claro que não se passaram), mas a história é arquitectada de forma a criar uma narrativa e mensagem que se entrelaça com a vida destas pessoas. Uma mensagem que acaba por ser positiva e até doce. Mercury é veiculado (e ainda bem) como forte artisticamente, mas frágil e bondoso de personalidade. Um homem à mercê, ao mesmo tempo, de quem mais ama e de quem o quer apenas explorar. Esse ponto de vista é inesperado e bem-vindo.
Bryan Singer é um realizador mais do que competente na gestão de todos estes elementos, sem ser extraordinário. O filme é todo ele da personalidade de Mercury, da música dos Queen (que é abundante e ainda bem) e da interpretação camaleónica de Malek. Ver Bohemian Rhapsody é como ir a um concerto e isso é um elogio.
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