O Vício do Mês! versão Janeiro de 2016



Já são muitos anos a virar frangos. Desde os meus cinco anos de idade. A ler Banda Desenhada em geral e de super-heróis em particular. Começou pelo Homem-Aranha e progrediu para todos os outros. Transformou-se em mais que um vício que continua até hoje, todos os meses. Todos os meses desloco-me à minha loja de BD favorita e de lá venho com A Pilha. Alguns dos livros dessa pilha leio com mais prazer do que outros, é verdade, mas leio sempre tudo . A lista de baixo é a deste mês.

Action Comics # 47 da DC Comics
Batman # 47 da DC Comics
Batman / Superman # 27 da DC Comics
Justice League # 46 da DC Comics
Justice League of America # 6 da DC Comics
Superman # 47 da DC Comics
Superman / Wonder Woman # 24 da DC Comics
Avengers # 02 da Marvel
All New X-Men # 01-02 da Marvel
Amazing Spider-Man # 04-05 da Marvel
Dr. Strange # 03 da Marvel
Extraordinary  X-Men # 03-04 da Marvel
Hercules  # 02 da Marvel
New Avengers # 04 da Marvel
Secret Wars # 08 da Marvel
Squadron Supreme # 01 da Marvel
Spiderwoman # 02 da Marvel
Totaly Awesome Hulk # 01 da Marvel
Ultimates # 02 da Marvel

Mais seguros que brócolos numa prova de alheiras

O meu favorito, o primeiro da lista, continua a ser a Justice League de Geoff Johns, principalmente por causa da saga que actualmente corre nas suas páginas: Darkseid War. Dificilmente escolherão algo que, na mitologia dos super-heróis, eu goste mais: a Liga da Justiça; enfoque na Mulher-Maravilha; Darkseid; Anti-Monitor; Multiverso DC. E ainda faltam três números para acabar.

Continuem assim, seguros pela verdura

Apesar do meu amor à DC Comics, infelizmente a produção da editora anda pelas ruas da amargura. Os meus títulos, como vêem, são uma variação sem-saborona da santíssima trindade e da Liga da Justiça. E mesmos dentre estes, poucos são verdadeiramente divertidos, infelizmente. 

O Batman de Snyder e Cappulo continua a ser uma run impressionante, estando (com certeza) já segura no historial de qualidade do personagem. 

Já a Justice League of America de Brian Hitch e do nosso Daniel Henriques continua a ser uma promessa interessante que espero ver recompensada nos últimos capítulos. O teatro operático que Hitch tanto gosta e do qual é rei e senhor é mais do que apropriado à Liga da Justiça. Mas, bem vistas as coisas, Grant Morrison já o fez há uns anos atrás. Espero que Hitch, que soubemos que pretende escrever a Liga durante ainda muitos números, consiga repetir e melhorar o que já foi feito no passado.

O Superman continua a (já demasiadamente) longa história do Super-Homem sem poderes e com a identidade secreta não mais secreta. Este é o único título que ainda continua a ter algum sabor, tudo graças aos dois artistas que fazem a revista: Gene Luen Yang e Howard Porter (isto apesar de John Romita Jr ter deixado o titulo rápido demais). 

Em oposição à DC Comics, a Marvel surpreende pela positiva. Depois de Secret Wars, versão de 2015, tem havido uma quantidade apreciável de novos lançamentos que têm atiçado o paladar. Acompanho três das novas e enésimas iterações dos Vingadores (Avengers; New Avengers e Ultimates) e todos têm, cada um à sua maneira, divertido bastante. Al Ewing, escritor, parece empenhado em exercitar os músculos do metafísico cósmico quer com New Avengers, quer com Ultimates. Principalmente com Ultimates, que é um dos títulos que (espero) não me desapontar. Por outro lado, Avengers, com as palavras de Mark Waid, não é o mais entusiasmante dos três mas, ainda assim, consegue entreter confortavelmente, principalmente graças à coleção de personagens que escolheram para fazer parte desta equipa.

Fora do valor "seguro" dos Vingadores, destaco o trabalho de Aaron e Bachalo no (até agora) excelente Dr. Strange, em jeito de preparação para o filme que aí vem. Aaron, que todos conhecemos de Scalped, dos X-Men e de Thor, é daqueles escritores que, por enquanto, raramente falha. 

Greg Pak quis testar a máxima que nunca deve regressar-se ao lugar onde fomos felizes. Pelo que deu a entender neste primeiro número de Totaly Awesome Hulk poderá correr bem, principalmente se continuar com a ajuda do sempre interessante (cough! cough!) Frank Cho.

A minha fé também está bastante inclinada para acreditar em Hercules e Spider-Woman, que, não sendo inovadores, oferecem valores seguros, sem muitas complicações e de diversão directa e bem-disposta. 

Um misto de "estás quase-quase" e "já fostes"

Estes são os títulos que adoraria adorar mas que, neste momento, não consigo. 

Ainda na corda bamba está a minha eterna Wonder Woman (do qual não tive nenhum exemplar este mês). Depois do extraordinário Azzarello, tenho de contentar-me com o nível médio-baixo do casal Finch. Fraco e desequilibrado, tenho de confessar que só aguento porque é A Mulher-Maravilha - e por ela faço muitos sacrifícios. Na mesma categoria está o surpreendentemente sofrível Superman / Wonder Woman dos muito competentes Tomasi e Mahnke - mas estou com fé que é só por causa da saga-que-nunca-mais-acaba-do-super-homem-sem-poderes. Rezo para que o futuro seja melhor. Também na categoria desta saga interminável estão Action Comics e Batman / Superman, ainda que em patamares diferentes. Ao primeiro ainda reservo o benefício da dúvida por causa dos dois autores, que têm dado, mesmo no meio de n mega-ultra-histórias do Super-Homem, momentos bastante bons. O segundo? Bem... já era altura de ir. E foi.

All-New X-Men e Squadron Supreme, ambos da Marvel, começaram mornos. Ainda é cedo para falar mas espero que não sigam o mesmo caminho (e continuamos no "já fostes") de Extraordinary X-Men, que não consegue oferecer mais do que a já gasta iteração de clichés narrativos dos mutantes da editora - será que estão a fazer de propósito para que a Fox deixe de fazer filmes com eles?

Finalmente, chego ao meu momento "triste" do mês: Amazing Spider-Man. Leram na introdução que o Cabeça de Teia foi o meu primeiro amor na BD. Respeito bastante o senhor Slott mas - peço desculpa - não reconheço o Homem-Aranha  de Stan Lee e de Steve Ditko em nenhuma das frases e em nenhum dos desenhos desta nova revista. É pena. Gostava de gostar mas não consigo gostar.

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