Devaneio
Perfume eterno no caminho que ficou
Lembrança de um sonho desejado.
O vento quente levou-te as imagens
Do tempo findo, das manhãs soalheiras
No prado travesso, criança que era deitando-se ao chão.
A cadeira no adro, o balanço das folhas;
As pétalas buscando os últimos raios de sol
De novo se torce lânguida e arrependida,
Esquecendo que assim a véspera tinha sido.
Aurora que te aproximas, mesmo o mais sombrio
Dos teus braços tem a força de mil noites escuras,
Sendo aquela que procuro.
O caule é firme, o espírito forte tal como
A flor que nesse dia eternamente desabrochou,
A Rosa que um dia me viu partir.
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